Mulher amazonense
que veio morar no Ceará havia sido diagnosticada com malária há
pelo menos quatro anos. Após mudar-se para Juazeiro do Norte ,
ela teve crise, configurando assim o primeiro caso da doença
na região do Cariri.
A mulher foi levada à
Policlínica Tasso Ribeiro Jereissati, em Juazeiro, no último dia 1º. A
identidade dela não foi divulgada. Nesta quarta-feira, 7, foi realizado
trabalho preventivo pela equipe de controle de endemias da Secretaria Municipal
da Saúde (Sesau).
O bloqueio
químico por pulverização aconteceu no entorno do quarteirão onde ela
reside. O local não foi especificado por questões de segurança. Os agentes
utilizaram bombas costais para aplicação de inseticidas específicos.
A medida
é de precaução, uma vez a região não tem as condições propícias para o
desenvolvimento do mosquito Anopheles, transmissor da doença. Portanto, não
há riscos à população, de acordo com o Ministério da Saúde.
A
paciente permanece sob cuidados de médicos infectologistas da Policlínica, faz
uso de medicamentos e está em situação estável, conforme informou a
Sesau. “No momento, a recomendação é que a paciente faça uso constante de repelente
e permaneça em sua residência”, completou a nota.
Entenda a
doença
Segundo o
Ministério da Saúde, a malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada
por protozoários Plasmodium transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles.
A cura é
possível se a doença for diagnosticada e tratada rápida e adequadamente.
Contudo, a malária pode evoluir para forma grave e até provocar óbito.
No
Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos
estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins.
Os sintomas
são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, que podem
ocorrer de forma cíclica. Muitas pessoas, antes de apresentarem estas
manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de
apetite.
A malária
não é uma doença contagiosa. Ou seja, uma pessoa doente não é capaz de
transmitir a doença diretamente a outra pessoa.
O POVO- Lucas Braga