A sanção máxima administrativa foi publicada no
Diário Oficial do Estado.
O sargento Arildson de Souza Loureiro foi
expulso da Polícia Militar do Ceará (PMCE). O policial foi fotografado em cima
de um carro de som, ao lado de outros agentes participando do motim no 18º
Batalhão, no ano de 2020, em Fortaleza.
A sanção máxima administrativa foi publicada
pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
Sistema Penitenciário (CGD) no Diário Oficial do Estado (DOE) dessa terça-feira
(29).
A Defesa do sargento disse que "recebeu
com surpresa a decisão da CGD, que decidiu pela expulsão do Militar dos quadros
da PMCE, notadamente, por ser uma decisão injusta, pois, o militar tem
histórico funcional irrepreensível e durante o período do movimento paredista
de parte da Tropa da PMCE, no ano de 2020, o Sgt PM Loureiro, trabalhou
normalmente, não apresentou qualquer falta injustificada ao serviço, logo, tal
conduta, não se amolda aquela de quem paralisou as atividades e se aquartelou,
rompendo as balizas da hierarquia e disciplina que regem a carreira dos
militares Estaduais".
"A defesa logo que intimada formalmente da
decisão, adotará todas as medidas judiciais cabíveis para reestabelecer o
status quo anterior do Militar, convicta de que a verdade dos fatos
prevalecerá, e a decisão injusta será dissipada"
Francisco José Sabino Sá
Advogado da ASPRA
Arildson foi denunciado pelo Ministério Público
do Ceará (MPCE) neste ano. A Vara da Auditoria Militar aceitou a acusação e
agora existe uma audiência com oitiva de testemunhas agendada para acontecer em
janeiro de 2026.
Ao aplicar a expulsão, a CGD destacou que
"tal comportamento revela-se absolutamente incompatível com a condição de
praça integrante da Polícia Militar do Ceará, comprometendo a confiança, a
disciplina e a hierarquia que constituem a essência da vida castrense".
"Desse modo, resta plenamente demonstrada
a incapacidade moral do acusado para permanecer nos quadros da Corporação,
impondo-se, como medida necessária e proporcional, a aplicação da penalidade
máxima prevista em lei, não apenas para resguardar a hierarquia e a disciplina,
mas também para preservar a credibilidade institucional e o prestígio da
Polícia Militar do Ceará perante a sociedade que lhe incumbe proteger"
CGD
AO LADO DE CABO SABINO
Documentos obtidos pela reportagem apontam que
o sargento foi indiciado e denunciado após publicações de reportagens do Diário
do Nordeste com fotos dele ao lado do policial militar Flávio Alves Sabino, o
Cabo Sabino, no 18º BPM durante o motim.
Fonte: Diário do Nordeste
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