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Dez criminosos da cúpula do
Comando Vermelho (CV), que estavam presos em Bangu 3, foram transferidos na
noite desta terça-feira (28) para Bangu 1, a penitenciária de segurança máxima
do estado.
A medida foi tomada como
resposta às barricadas e às interdições em diversas vias da cidade, após a
megaoperação com mais de 2.500 agentes nos complexos do Alemão e da Penha.
Já são 128 mortos na operação.
O balanço oficial divulgado pelo governo do RJ afirmava que 64 pessoas
morreram, entre eles 4 policiais. Mas na manhã desta quarta (29), moradores da
Penha levaram mais de 60 corpos, encontrados em uma área de mata, para uma
praça na região. A princípio, esses corpos não foram contabilizados no balanço
oficial de mortes, segundo o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes
Nogueira.
A transferência da cúpula do
CV tem caráter provisório. O governo do estado solicitou, e o governo federal
acatou, no início da noite desta terça, o pedido de transferência de 10
criminosos detidos no sistema penitenciário do Rio para presídios federais.
Segundo o governo, eles são
apontados como responsáveis por comandar, de dentro das cadeias, a retaliação
de criminosos à megaoperação da polícia nos complexos do Alemão e da Penha.
No início da tarde de terça,
criminosos usaram veículos como barricadas para fechar diversas vias do Rio e
da Região Metropolitana. Já na manhã desta quarta, segundo a prefeitura do Rio,
já não havia mais vias obstruídas na cidade. Foram 12 horas de bloqueios.
Entre os presos que foram para
Bangu 1 está Marco Antonio Pereira Firmino, o My Thor, considerado um dos
principais líderes do CV. Ele aparece em uma foto a que o g1 teve acesso (veja
acima).
Veja a lista completa:
1. Wagner Teixeira Carlos (Waguinho de Cabo Frio)
2. Rian Maurício Tavares Mota (Da Marinha)
3. Roberto de Souza Brito (Irmão Metralha)
4. Arnaldo da Silva Dias (Naldinho)
5. Alexander de Jesus Carlos (Choque / Coroa)
6. Leonardo Farinazzo Pampuri (Léo Barrão)
7. Marco Antônio Pereira Firmino (My Thor)
8. Fabrício de Melo de Jesus (Bichinho)
9. Carlos Vinícius Lirio da Silva (Cabeça do Sabão)
10. Eliezer Miranda Joaquim (Criam)
A operação que motivou a
mudança foi a mais letal da história do estado, com dezenas de mortos e presos
nos Complexos da Penha e do Alemão, apontados como redutos estratégicos da
facção.
O governo estadual pediu que
os líderes sejam distribuídos em diferentes unidades federais, para dificultar
a comunicação entre eles e enfraquecer a estrutura do CV dentro do sistema
prisional.
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