Com essa solicitação, ministro
enxergaram o risco de que o ex-presidente possa fugir do país
O governador de São Paulo,
Tarcísio de Freitas (Republicanos), teria tentado convencer ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) para que deixassem o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) ir aos Estados Unidos negociar com Donald Trump o fim da tarifa
de 50% contra o Brasil. A informação é da Folha de São Paulo.
Os magistrados teriam
considerado a ideia um tanto esdrúxula e totalmente fora de propósito, de
acordo com a apuração.
Bolsonaro teve o passaporte
apreendido por determinação do ministro Alexandre de Moraes no dia 8 de
fevereiro de 2024, após sofrer uma busca e apreensão durante a Operação Tempus
Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado no País após o resultado
das eleições de 2022.
Com essa solicitação, ministro
enxergaram o risco de que o ex-presidente possa fugir do país e conseguir asilo
político nos EUA. Além disso, foi entendido pelos magistrados que as intuições
negociadoras, como Presidência da República, devem ser respeitadas.
A assessoria de Tarcísio não
respondeu a Foha de São Paulo. Já interlocutores de Bolsonaro contaram que a
ideia era criar um acordo que também envolvia os presidentes do Senado e Câmara
dos Deputados, Davi Alcolumbre e Hugo Motta, possibilitando a viagem de todos
os políticos para uma discussão de uma possível anistia a Bolsonaro.
PLANO DE FUGA
Os juízes ainda argumentam que
o mandatário americano cria, a partir de uma defesa pública a Bolsonaro, uma
narrativa internacional que dá sustentação para um possível pedido de asilo por
parte do ex-presidente. Ministros da corte dizem que medidas de taxação por
parte do governo americano aumentam o desconforto relacionado ao caso.
Segundo a jornalista Mônica
Bergamo, os próprios aliados do líder bolsonarista dizem que ele está em
“pânico” diante da possibilidade de prisão, julgada na ação penal por tentativa
de golpe de Estado que tramita no STF.
A carta enviada por Trump ao
presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um novo elemento nesse contexto, onde o
líder americano chama o processo de “vergonha interna", e afirma que “este
julgamento não deveria estar acontecendo” e que deveria “acabar imediatamente”.
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