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Foto Reprodução |
Sinto profunda tristeza pela morte do Papa Francisco. De
todos os papas que tive conhecimento, ele foi o mais próximo do que ensinou
Jesus. O amor, a humildade, a compaixão, o diálogo, eram virtudes vitais da sua
ética cristã, cultivada ainda no início do seu sacerdócio junto às comunidades
mais humildes de Buenos Aires. Deixou isso claro quando escolheu o nome “Francisco”,
ao se tornar papa. Recusou a tradicional cerimônia pomposa para sua posse.
Optou por viver num quarto de hospedaria no Vaticano. Criticou a mentalidade de
corte monárquica da Cúria Romana, trabalhou pela reforma da igreja com
propostas avançadas. Queria uma igreja de “pastores com cheiro de ovelhas”,
como dizia, que se dedicassem não só às missões geográficas, mas às periferias,
aos mais pobres. Uma igreja que deixasse de ser autorreferencial, que despertasse
discípulos e missionários. Defendeu que mulheres e leigos pudessem
votar no sínodo seguinte, que mulheres transexuais também são "filhas de
Deus", que podem ser batizadas e deu benção a casais do mesmo sexo. Foi
contundente quando disse que o sistema econômico capitalista é "uma
economia que mata". Sua primeira viagem internacional como papa foi
para o Brasil, onde participou da Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Abriu
diálogo com o mundo não-cristão, condenou o genocídio palestino e a guerra entre
Rússia e Ucrânia, se dedicou à paz no mundo, ao meio ambiente e à erradicação
da pobreza, entre os grandes problemas do mundo. O Papa Francisco deixa para a
eternidade as referências mais sublimes de humanidade. Descanse em paz!
Deputado
José Guimarães, PT/CE
Líder
do Governo na Câmara dos Deputados
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