Foto: Reprodução |
A Petrobras (PETR3; PETR4) pode ter criado
um tipo de “desconto” proposital no preço da gasolina em relação aos valores
internacionais.
Segundo uma análise da Ativa
Investimentos, há um potencial de alta atual de 6% no preço brasileiro,
porém isso não quer dizer que ele será feito.
“Nos últimos reajustes, a
Petrobras fez elevações deixando, em média, 14% de potencial altista para trás,
o que atribuíamos a uma defasagem temporal na correção”, avalia o
economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.
Segundo ele, este “resto de
reajuste” é atribuído ao processo de estabilização dos preços para a tomada de
decisão da companhia.
“Deste modo, começam a
circular hipóteses que o benchmark da companhia não é a zeragem completa da
defasagem, mas sim um patamar mais baixo, a fim de garantir market share”,
analisa Sanchez.
Ele avalia que, no longo prazo
a estratégia pode gerar arbitragem, mas no curto prazo é completamente cabível.
“De todo modo, se a empresa
está colocando esse deságio na conta, existe a possibilidade de que haja um
reajuste negativo de gasolina nos próximos dias”, pontua.
O problema, diz o
especialista, é a possível perda de previsibilidade.
“Avaliamos que, apesar de
estratégico, a empresa perde um de seus argumentos para ampliar a defasagem
temporal de correção que é o de previsibilidade. Ao adicionar esse deságio na
conta, discricionário, ou pelo menos pouco transparente, a empresa traz
imprevisibilidade para as projeções”, conclui.
Fonte: casavogue.globo.com/
0 Comentários