Precisamos achar o equilíbrio.




Muitos questionamentos são feitos em busca do que é mais coerente e prudente. Neste momento não há o que fazer se não ficar em casa e produzir o máximo que se puder, ou seja, o trabalho intermitente virou uma opção muito valorosa para os que assim o podem fazer e tem como desenvolver seus papeis profissionais em seu lar.

Mesmo sabendo que o Covid-19 é oriundo da china onde quem foi infectado foram às aqueles que viajaram ao exterior, ou tiveram contato com estrangeiros que vieram ao Brasil e brasileiros que estiveram trabalhando ou fazendo turismo. Não queremos aqui levantar qualquer dúvida a respeito da prevenção que se faz necessária através do confinamento das pessoas e principalmente do grupo de risco, porém é bom que se entenda que muitos interesses estão por traz disto tudo. Mais uma vez não estamos dizendo que o quadro não é preocupante. É sim e muito, mas as atitudes tomadas como medidas, de alguma forma estarão beneficiando ou prejudicando alguém.

Apostar numa paralisação dos setores da indústria e comércio é como se desse um tiro no pé da sua própria população, até porque quem deveria ficar confinado, de quarentena, eram apenas aqueles que estiveram fora do país e o grupo de risco, mais foi mais fácil penalizar a todos do que alguns, também é muito mais fácil fazer empréstimos e arrancar dinheiro em favor dos estados em uma situação caótica e principalmente de pandemia e até justificar o não pagamento de algumas dividas.

O pior é que os gastos feitos em situações como estas, não são tão fáceis de serem fiscalizados. Enquanto alguns lugares estão tomando medidas extremas como o uso do poder de policia e penalizando o cidadão, comerciantes e empresários com multas, muitos lugares pelo Brasil estão comercializando seus produtos e industrializando-o normalmente. 

Vale dizer que os estados e municípios tem sua autonomia em suas jurisdições, mas quem neste momento quer se contrariar ou se contradizer em função do pleito eleitoral?

Enfatizam que este não é o momento de se falar em política, mas muitas atitudes, pelo menos de alguns gestores e políticos são apenas em função do processo eleitoral e não em função do bom funcionamento do estado como um todo.

Em vez de parar, não é mais fácil o estado dar condições ao cidadão de prevenção?

O Estado obriga e cobra confinamento, cobra que se previna, mas em alguns lugares do Brasil se quer tem pontos de acompanhamento ou oferece estrutura para que a população se previna. Embora a prevenção deva ser uma ação cultural e educacional através das políticas públicas que o estado deve oferecer e muitas vezes não oferece.

É fácil ficar em casa com os autos salários que os cargos políticos oferecem acompanhados com a sua estrutura. O difícil e continuar em casa sem ter o que comer, sem água para beber e muitas vezes em um cômodo com cinco ou mais pessoas.

A mídia mostra os famosos em seus lares, luxuosos com cômodos divisíveis e muito amor para dar aos familiares como se fossem férias forçadas. E nada contra isso, mas é duro ver o trabalhador assalariado, ou o desempregado que não tem em casa o sabão e até mesmo a água para lavar as mãos.

Os números são preocupantes e preocupante será, sem produção e sem força financeira para enfrentar o caos.

O grupo de risco deve está em casa, mas o trabalhador deve estar trabalhando. Porque não adianta falar em prevenção se não houver condições de fazê-la. 

Não é apenas a Corona Vírus, são milhares doenças que devemos combates todos os dias. E caímos na hipocrisia que o Vírus vai matar muitos, enquanto brasileiros e brasileiras estão morrendo a míngua de fome, sem atendimento médico e sem assistência nenhuma.