As direções partidárias de PSDB, DEM e PSD começaram a
discutir a fusão partidária das três siglas em uma única legenda para disputar
as eleições de 2022, quando estarão em jogo a Presidência da República, os
governos de estado, a Câmara dos Deputados e vagas para o Senado, além dos
legislativos estaduais.
As
conversas sobre a fusão começaram nos últimos meses e ainda estão incipientes
-- não se discutiu qual seria o nome do novo partido, por exemplo -- e por isso
participantes do movimento avaliam que ele não será concretizado a tempo das
eleições municipais do ano que vem. "O principal empecilho a essa junção
era o [Gilberto] Kassab [presidente do PSD]",
diz um tucano graduado que participa das negociações.
"Mas nas últimas discussões ele [Kassab] mostrou
uma mudança de postura e acredito que é apenas uma questão de tempo para
amadurecermos esse projeto. A ideia é ter tudo concretizado até 2021 para dar
tempo de participar com o novo partido das eleições em 2022", diz o
político do PSDB. "É um apontamento para o futuro", comenta um
assessor ligado à direção nacional tucana, sem confirmar que a ideia será
concretizada.
Kassab afirma que foi procurado e se diz aberto ao
diálogo, mas avalia que o mais provável é que legendas maiores venham a se unir
somente depois de 2022. "Quando fomos procurados, afirmei que essa questão
não foi discutida internamente no PSD. Acredito que nenhum grande partido terá
disposição de examinar isso antes das eleições de 2022".
Para o presidente do PSD, a proibição por lei de
coligações nas eleições proporcionais deve mesmo impulsionar as junções de
partidos. "Daqui para frente essas conversas sobre fusões serão bastante
naturais".
Questionado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), negou a possibilidade
de juntar as três siglas. ACM Neto, prefeito de Salvador e presidente do DEM,
afirmou em resposta à reportagem que há "zero chance".
Fonte: Uol.com