O ministro Edson Fachin, relator dos processos da
operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que sua família vem
sofrendo ameaças. Ele pediu providências à ministra Cármen Lúcia, presidente do
STF, e à Polícia Federal.
"Uma das preocupações que tenho não é só com
julgamento, mas também com a segurança de membros da minha família", disse
o ministro. "Tenho tratado desse tema e de ameaças que têm sido dirigidas
a membros da minha família".
Fachin, que substituiu o ministro Teori Zavascki,
morto em janeiro de 2017 em acidente aéreo em Parati, na relatoria dos
processos da Lava-Jato no STF, disse ainda ter solicitado "algumas providências"
à presidente do Supremo e à Polícia Federal "por intermédio da delegada
que trabalha aqui no tribunal".
"Nem todos os instrumentos foram agilizados,
mas eu efetivamente ando preocupado com isso, e esperando que não troquemos
fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema", disse Fachin.
O STF autorizou o aumento do número de agentes
para escolta permanente de Fachin.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
classificou como "grave" o relato do ministro do STF.