A menos de dois meses para o fim do
prazo, cerca de 2,34 milhões de trabalhadores que recebem até dois salários
mínimos não sacaram o abono salarial ano-base de 2017. O prazo para a retirada
acaba em 28 de junho. Quem não tiver feito o saque perderá o direito ao
benefício.
Segundo a Secretaria Especial
de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, o montante ainda não
sacado soma R$ 1,53 bilhão. Os trabalhadores que não retiraram o benefício
equivalem a 9,49% do total.
A maior parte dos benefícios
não sacados está na Região Nordeste, onde 642.074 trabalhadores ainda não
retiraram o abono. No entanto, o estado com o maior volume de esquecimentos é o
Rio Grande do Sul, com 584,1 mil benefícios não retirados.
Tem direito ao abono salarial
quem estava inscrito no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos e
trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2017, recebendo até
dois salários mínimos. Além disso, é preciso que os dados do trabalhador tenham
sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações
Sociais (Rais).
Os empregados da iniciativa
privada sacam o abono do PIS nas agências da Caixa Econômica Federal. Os
servidores públicos e empregados de estatais devem fazer a retirada em qualquer
agência do Banco do Brasil. O abono salarial ano-base 2017 começou a ser pago
em 26 de julho de 2018.
O valor a que cada pessoa tem
direito depende do tempo trabalhado formalmente no ano-base. Quem trabalhou por
apenas 30 dias em 2017 pode sacar o valor mínimo, que é de R$ 84, o
equivalente a 1/12 do salário mínimo. A quantia sobe 1/12 por mês trabalhado até
atingir um salário mínimo (R$ 998), para quem trabalhou durante todo o ano.