A polícia encontrou digitais nas cápsulas das
munições 9mm coletadas na cena do assassinato da vereadora Marielle Franco e de
seu motorista, Anderson Gomes. A informação foi divulgada pelo Jornal O Globo,
nesta terça-feira (10).
Segundo um dos investigadores que atuam no
inquérito foram encontrados fragmentos de digitais, que podem ser usadas,
apesar de serem microscópicas. Os fragmentos não são suficiente para rastrear
com o banco de dados das polícias, mas podem ser confrontadas com digitais de
um possível suspeito, de acordo com o jornal.
As cápsulas foram encontradas nas
esquinas das ruas João Paulo 1º e Joaquim Palhares na noite do crime. Nesta
sexta-feira (13), completa um mês dos assassinatos e até o momento, o nome de
nenhum suspeito foi divulgado pela polícia.
Execução
No último domingo (8), o colaborador de um vereador que foi ouvido no caso das
mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Carlos Alexandre Pereira Maria, 37 anos, foi morto a tiros na Zona Oeste do
Rio.
Ele trabalhava com o vereador
Marcello Siciliano (PHS). Uma das linhas de investigações é que Alexandre tinha
envolvimento com milícias. A polícia apura que as mortes da vereadora e do
motorista tenham envolvimento de milicianos. Algumas testemunhas ouviram o
momento em que Alexandre foi assassinado.
"Chega para lá que a gente
tem que calar a boca dele", teria dito um dos assassinos. Depois, o
atirador abriu fogo.
A assessoria do vereador Marcello
Siciliano confirmou que Alexandre trabalhava junto aos moradores da Zona Oeste,
onde também era líder comunitário. O trabalho consistia em identificar as
necessidades dos moradores e repassar ao parlamentar. Ele usava um colete com o
nome do vereador durante a atividade.
O vereador Marcello Siciliano foi
ouvido pela polícia na última sexta-feira (6). Havia uma investigação sobre a
atuação dele junto a milícias em Jacarepaguá, nas eleições de 2014. Alguns
vereadores tiveram o sigilo telefônico quebrado após o número de celular usado
pelo motorista do carro onde estavam os assassinos de Marielle ter sido
identificado. A informação foi revelada por uma reportagem do The Intercept.