AURICÉLIA APRESENTOU UMA SÉRIE DE CHEQUES EMITIDOS PELO LEGISLATIVO, QUE TERIAM SIDO JUSTIFICADOS COM NOTAS FRIAS.






 A Câmara de Juazeiro do Norte iniciou seus trabalhos de 2018 com crises e polêmicas.

Na sessão do dia 6, uma denúncia da vereadora Auricélia Bezerra (PDT), contra o vereador Tarso Magno (PRP), promete mexer com as bases do Legislativo.

A prática de favorecimento interno pode revelar um esquema de desvio de dinheiro em gestões anteriores.

Para exemplificar o silêncio de Tarso diante do possível desvio, Auricélia apresentou uma série de cheques emitidos pelo Legislativo, que teriam sido justificados com notas frias.

Os cheques estariam em mãos, inclusive, de agiotas.
A vereadora fala em comprovação de R$ 190 mil, mas o montante poderia chegar a R$ 900 mil em cheques sem fundo.

Para a vereadora, Tarso era sabedor do esquema, mas não denunciou por ser favorecido com oito assessorias que rendem ao parlamentar cerca de R$ 9 mil mensais.

O vereador foi acusado, ainda, de sonegação de impostos e débito de R$ 110 mil com IPTU.

Além disso, Auricélia disse que Tarso tem envolvimento em um esquema que forja processos por usucapião e de sub valorizar seus imóveis para sonegar e esconder seu verdadeiro patrimônio.

Um requerimento pedindo o envio da denúncia aos órgãos de investigação acabou rejeitado pela Casa, mas Auricélia garante protocolar as denúncias pessoalmente junto ao Ministério Público, Polícia Civil e Justiça Eleitoral.

Tarso Magno disse que vai rebater todas as denúncias e reafirmou que seu patrimônio está declarado no Imposto de Renda.
Não posso ficar atualizando o valor dos imóveis a cada ano. Isso acontece a cada 10 anos, disse Tarso.

Sobre as assessorias, o vereador não revelou o número que dispunha, mas negou a prática de favorecimento na gestão anterior.

Sobre um débito com IPTU, Tarso disse que existe uma causa ganha contra a Prefeitura, que atualizada deve chegar a R$ 1 milhão, o que tornaria irrisório o valor elencado pela vereadora como dívida.

O vereador disse ter pedido uma compensação entre o crédito e a dívida junto á Prefeitura.

A crise teve início no fim de 2017, quando Tarso Magno denunciou o envolvimento da vereadora Auricélia com uma empresa que presta serviços de venda de óculos à Prefeitura, o que é vedado pela Lei.

Sucessão da Mesa Ainda no dia 5, duas emendas deram entrada com as assinaturas de 16 dos 21 vereadores.
As emendas prevêem a antecipação da eleição para a nova Mesa

Diretora para o mês de abril próximo.
Sobre as emendas, o presidente Gledson informou que a eleição já está marcada para o dia 4 de dezembro, às 14 horas.
Segundo Gledson, foi baixada uma portaria, com divulgação no

Diário Oficial da Câmara, oficializando a realização.
Encaminhei as emendas para a Procuradoria da Câmara, para análise de um possível conflito, disse.

Depois da análise, as emendas devem seguir para as comissões.
O vereador Darlan Lobo questionou a condução e avaliou que as emendas deveriam ter seguido direto para as comissões.

Para Darlan, o regimento prevê que a definição da data é uma prerrogativa do presidente, mas, segundo ele, há uma falha no regimento que prevê a deliberação pelo Plenário. Darlan ameaça levar a questão à Justiça.

Informações do Jornal do Cariri/postado por Franciólli Luciano Jornalista DRT Nº0003901.