O governo federal anunciou ontem, a nova versão
programa Avançar, que havia sido lançado inicialmente em junho deste ano como substituto
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nesta reedição, o governo
anunciou que vai concluir, entre 2017 e 2018, 7.439 projetos e destacou 34
obras como prioritárias. Nenhuma é nova. No total, os investimentos somam R$
130 bilhões e os empreendimentos têm prazo de entrega até o fim de 2018. No
Ceará, o governo promete, com o Avançar, concluir 408 obras, com investimento
de R$ 1,7 bilhão.
Entre as obras selecionadas no Estado, estão
creches, escolas, unidades básicas de saúde, moradias, quadras poliesportivas e
cidades digitais. Estão previstas ainda recuperação de barragens, saneamento e
abastecimento de água em zonas rurais. Em todo o País, são diversas obras
presentes em mais de 3 mil municípios brasileiros, que envolvem desde a conclusão
de creches e unidades básicas de saúde até a finalização de hidrovias. Todas as
regiões do Brasil serão beneficiadas. O Nordeste terá o maior número de obras:
3.186, investimento de R$ 19 bilhões.
São três fontes de recursos: R$ 42,1 bilhões do
orçamento geral da União; R$ 29,9 bilhões da Caixa Econômica Federal, do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES); R$ 58,9 bilhões de empresas estatais do setor de
energia, em especial a Petrobras.
A coordenação do programa está sob a
responsabilidade dos ministros Moreira Franco, da Secretaria Geral da
Presidência da República, e Dyogo Oliveira, do Planejamento.
O "Agora, é Avançar" é um programa
integrado de mais 11 ministérios: Cidades; Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações; Cultura; Defesa; Educação; Esporte; Integração Nacional; Minas e
Energia; Saúde; Transportes, Portos e Aviação Civil; e Turismo.
Agenda positiva
O anúncio do novo Avançar foi mais uma tentativa
do governo Temer de criação de uma agenda positiva, em seu esforço de contrapor
a crise política com medidas favoráveis no campo econômico.
O presidente Michel Temer usou boa parte do seu
discurso para destacar o apoio do Congresso e feitos do governo. "Quando
assumimos o governo a primeira coisa que pensamos é que o governo deveria ter
marcas. Não marcas referentes a obras ou empreendimentos, mas marcas de
interlocução, por isso a primeira palavra que veio a nossa mente foi a palavra
diálogo", disse. Sem comentar diretamente as denúncias que foram impostas
contra ele pela Procuradoria-Geral da República, o presidente disse que seu
governo "teve grandes contestações".