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Vídeos mostram juiz do Paraná que atuou na Lava Jato furtando garrafas de champanhe. Veja reportgaem jornal da Band.

 


Eduardo Appio atuava como juiz federal na 18ª Vara de Curitiba, mas foi suspenso do cargo e se tornou alvo de um processo administrativo disciplinar. Appio diz que vídeo é fraudulento e que sofre
 perseguições.

Por Carolina Wolf, Mariah Colombo, Mariana Dantas, Eleonora Mendonça, g1 PR e RPC — Curitiba

 

 

Nas imagens captadas no mercado é possível observar o juiz circulando entre os corredores de camiseta azul e bermuda. Ele para no setor de bebidas e pega uma garrafa de champanhe francesa, à venda por R$ 399. Ele continua andando pelo mercado com a garrafa na mão e, em seguida, coloca a garrafa em uma sacola.


Depois, desce pela rampa rumo ao estacionamento, mas é abordado por dois seguranças antes de sair e volta ao supermercado acompanhado por eles. Ele é levado a uma sala e um dos seguranças retira a garrafa da sacola e a coloca em cima da mesa. O juiz mostra um cartão aos funcionários, mas o caso é levado à Polícia Civil de Santa Catarina.


Segundo as investigações, esta não foi a primeira vez que Appio teria furtado uma garrafa de champanhe. As imagens mostram outros dois episódios do mesmo crime.


As investigações apontam que o primeiro caso foi no dia 20 de setembro. Nas imagens é possível ver Appio pegando uma garrafa enquanto segura sacolas. Em outro corredor, ele se abaixa e mexe nas sacolas. Na sequência, ele vai embora, passando direto pelo caixa, sem pagar nada.

 

Em outro registro, no dia 4 de outubro, é possível ver o juiz em frente à gôndola de bebidas, segurando algumas sacolas. Ele pega uma garrafa, da mesma marca. Outra câmera registra Appio passando um urso de pelúcia no caixa, mas é possível ver uma garrafa dentro de uma das sacolas. Depois de passar pelo caixa, ele vai embora.

 

Por meio de nota, Eduardo Appio classificou o caso como "fake news" e afirmou que sofre perseguições:

"Ingressarei com as ações competentes, inclusive [contra o] Senador Sergio Moro por difamação.

Sou testemunha no STF em inquéritos policiais contra o Senador Sergio Moro (apuração, pelo CNJ em 2024, de um desvio auditado de 5 bilhões de reais da 13ª Vara Federal de Curitiba, com a finalidade de constituir uma fundação privada em Curitiba). Descobri este desvio e comuniquei ao CNJ em 2023. Hoje sofro perseguições e ofensas pessoais gratuitas por parte do Senador Sergio Moro", afirma o juiz.

 

Procurado pelo g1, o senador Sergio Moro (União Brasil) respondeu, também por meio de nota, que: "O juiz Appio vive em um mundo de fantasias. Nenhuma das acusações dele resultou em denúncia contra mim. Não tenho culpa se ele resolveu furtar champanhes em supermercado por três vezes."

 


 


Vídeos mostram juiz do Paraná que atuou na Lava Jato furtando garrafas de champanhe


A investigação chegou ao nome do magistrado a partir de um boletim de ocorrência que relatava o furto de duas garrafas de champanhe Moët. O documento cita que o suspeito do crime deixou o local do crime em um carro cuja placa estaria no nome do juiz.


Segundo o documento, o autor do crime seria "um senhor com idade aproximada de 72 anos, que utiliza óculos e possui estatura aproximada de 1,76m" e diz que, após o delito, o suspeito "deixou o local conduzindo um veículo Jeep Compass Longitude D".


O supervisor do supermercado também descreveu a placa do carro. Ao consultar o registro, a polícia constatou que o veículo pertence a Appio.


Após o juiz ser apontado como suspeito do furto, a Polícia Civil passou o caso para o TRF, uma vez que apenas o órgão pode investigar magistrados de primeiro grau.




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