Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem — Foto: REUTERS/Jessica Koscielniak e Adriano Machado/Reuters
Sugestão é que Motta declare a perda de mandato sem levar casos ao
plenário. Objetivo é evitar novo embate com o STF após o caso de Carla
Zambelli.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), está
sendo aconselhado por amigos próximos a decidir na Mesa Diretora os casos de
Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) até a próxima
quarta-feira (17).
Motta conversou sobre o tema com esses interlocutores, que avaliam ser o
melhor caminho cassar o mandato dos dois na própria Mesa, já que o STF deixou
claro que esse é o procedimento juridicamente correto.
Esses interlocutores de Hugo Motta confidenciaram que há uma expectativa
de que os dois, tanto Ramagem como Eduardo Bolsonaro, renunciem a seus
mandatos, seguindo o caminho adotado pela deputada Carla Zambelli.
A parlamentar abriu mão do mandato para evitar uma cassação já
determinada pelo STF, depois que o plenário da Câmara decidiu poupá-la da perda
do mandato.
Se eles não renunciarem, o mandato dos dois seria cassado pela Mesa
Diretora. Essa saída precisa ser combinada, porém, com os integrantes da mesa e
também com os líderes partidários. Eles vão se reunir com Hugo Motta nesta
segunda-feira (15) à tarde.
Por outro lado, líderes do Centrão e do PL defendem um adiamento da
sessão marcada para analisar o processo de cassação do deputado Alexandre
Ramagem, deixando essa análise para o ano que vem.
Esses líderes querem também manter o mandato de Eduardo Bolsonaro nesta
reta de final de ano, deixando sua cassação por faltas apenas para março do ano
que vem.
Caso Zambelli
Hugo Motta foi poupado de novo embate com o Supremo Tribunal Federal
(STF) depois que a deputada Carla Zambelli anunciou a renúncia de seu mandato.
O presidente da Câmara tinha de tomar uma decisão sobre a determinação
do ministro Alexandre de Moraes, referendada pelo STF, de cassar o mandato da
deputada foragida na Itália e convocar seu suplente.
Agora, com a renúncia, fica livre desta nova guerra. Do lado da
parlamentar, nada muda. Ela segue com seus direitos políticos cassados por
condenação com trânsito em julgado em duas ações.
Fonte: Blog do valdo Cruz - G1
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