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Vereador é denunciado pelo MP por mortes de duas adolescentes no Ceará.

 


Foto: Reprodução/Câmara de Paraipaba.


O acusado dirigia o carro que colidiu contra a motocicleta onde estavam as vítimas.

 

O vereador Renan Martins (Republicanos) foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelas mortes de duas jovens. De acordo com a acusação, o político havia ingerido bebida alcoólica antes do 'acidente' e assumiu "o risco de produzir o resultado morte ao conduzir veículo automotor em via pública".

 

Yasmin Oliveira Félix, 14, e Isabelle Oliveira da Silva, 16, estavam em uma motocicleta quando um carro colidiu contra elas. O crime aconteceu em janeiro deste ano, na CE-162, em Paraipaba, Interior do Ceará. Renan fugiu logo após o ocorrido.

 

Quase dez meses após os homicídios, a denúncia foi enviada ao Judiciário com detalhes do que teria acontecido na data das mortes.

 

Segundo documento obtido pela reportagem, o vereador invadiu o sentido contrário da pista e "embaixo do automóvel de Renan foram encontradas garrafas de vidro compatíveis com embalagens de bebida alcoólica e, na região anterior ao automóvel, foi localizado um isopor análogo ao utilizado para acondicionamento de latas".

DOLO EVENTUAL



Legenda: As meninas trafegavam em uma motocicleta.
Foto: Reprodução/Redes Sociais.

A acusação considera que Renan Martins agiu com dolo eventual (quando você assume o risco de causar o evento morte), "ao conduzir veículo após ingestão de bebida alcoólica e invadindo a contramão da pista".

 

O vereador conduzia um veículo Troller, modelo T4 e de cor prata, quando invadiu a contramão e colidiu com a motocicleta Honda, modelo CG 125 Titan, de cor azul, onde estavam as duas jovens. 

 

"Em decorrência do impacto, as ocupantes da motocicleta sofreram ferimentos fatais que ocasionaram suas mortes no local, conforme laudo pericial em local de ocorrência de trânsito e laudos de exame cadavérico"

Após a colisão, Renan saiu do local sem prestar socorro às vítimas, "mesmo tendo percebido que ambas estavam gravemente feridas ou já em óbito, demonstrando total indiferença à vida humana".

 

"Ouvido perante a autoridade policial, Renan afirmou que colidiu em um veículo que ia à sua frente, na mesma direção, bem como que, ao perceber que as duas vítimas aparentavam estar sem vida, tratou de deixar o local, abandonando o carro. Negou a ingestão de bebida alcoólica", segundo documentos.

 

RETORNO À CÂMARA

Em junho deste ano, Renan Martins retornou à Câmara Municipal de Paraipaba, após 90 dias de licença. A presença dele na Câmara causou revolta na população local, sendo o suspeito recebido em plenário com gritos de “assassino” por familiares das meninas e populares, que carregavam cartazes pedindo a sua prisão.

 

Agentes da Polícia Militar e da Guarda Municipal foram convocados para reforçar a segurança no local.

 

Os trabalhos duraram cerca de 15 minutos e foram encerrados após o presidente da Casa, Felipe do Arnóbio (Republicanos), afirmar que há um processo administrativo contra Renan em andamento e que mais esclarecimentos serão dados no momento oportuno.


Fonte: Emanuela Campelo de Melo - Diário do Nordeste


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