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CPMI do INSS: presidente de entidade de pescadores é preso

 


Legenda: Abraão Lincoln tinha o direito de silenciar nos fatos em que poderia se autoincriminar.
Foto: Carlos Moura/Agência Senado.

Dirigente é suspeito de mentir em depoimento à comissão mista.

O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira, foi preso em flagrante, nesta segunda-feira (3), suspeito de prestar falso testemunho durante depoimento à CPMI do INSS.

 

O relator da comissão, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), solicitou a prisão após Lincoln mentir sobre o motivo de ter saído da direção da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA), conforme informações da Agência Senado.

 

Na ocasião, o presidente da entidade declarou que renunciara ao cargo, quando, na verdade, tinha sido afastado como medida cautelar.

Desvio de mais de R$ 221 milhões

Segundo a Agência Brasil, o requerimento de convocação de Abraão Lincoln aponta que a CBPA foi responsável por desvios estimados em R$ 221,8 milhões, descontados dos benefícios de aposentados e pensionistas.

 

Em razão das investigações, a Justiça Federal do Distrito Federal determinou o bloqueio dos bens de Abraão Lincoln e da Confederação.

 

Vínculo com Careca no INSS

Ainda no depoimento, Abraão Lincoln Ferreira "negou por meio do silêncio" conhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, mas admitiu o vínculo ao responder a outras perguntas.

 

Conforme a Agência Brasil, um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu à testemunha o direito de silenciar nos fatos em que poderia se autoincriminar.

 

No entanto, o presidente era obrigado a responder a respeito dos fatos e acontecimentos relacionados ao objeto da CPMI em que isso não ocorresse.

 

Relação com tesoureiro

O depoente também teria mentido ao falar sobre a natureza da relação com o tesoureiro da CBPA, Gabriel Negreiros, e sobre o alcance da procuração passada a Adelino Rodrigues Junior.

 

A Agência Senado detalha que Adelino tinha amplos poderes para movimentar recursos da Confederação, e, com isso, teria enviado R$ 59 mil para a esposa do então procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio, e R$ 430 mil para João Victor Fernandes em espécie.


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