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Demanda por profissionais juniores no mercado de Tecnologia é menor que 15%, mostra estudo

 


Levantamento exclusivo mapeado pela Escola da Nuvem mostrou que 70% das empresas esperam que os candidatos tenham ensino superior e entendem que o conhecimento em língua inglesa é um diferencial

 

A demanda por profissionais juniores no mercado de Tecnologia é menor do que 15%, aponta um estudo mapeado pela Escola da Nuvem, uma organização social sem fins lucrativos que busca a inclusão produtiva de pessoas em situação de vulnerabilidade social no mercado de TI, em parceria com a LandTECH. Segundo o documento, as empresas encontram o desafio de contratar e treinar profissionais juniores ao invés de optar por aqueles que têm mais experiência.

 

Os dados mostram que 70% das empresas esperam que os candidatos tenham ensino superior. O conhecimento em língua inglesa também é pontuado como significativo, já que 70% das empresas o entendem como diferencial e 55% o tem como requisito. Quanto ao nível de proficiência, a maioria exige nível intermediário (29%), avançado (21%) e básico (11%). Já sobre competências emocionais, as mais valorizadas pelos recrutadores são o trabalho em equipe (25%), a resolução de problemas (16%) e a comunicação (13%), sendo que eles também sentem falta de mais pensamento crítico (14%) e autonomia e protagonismo (12%) por parte dos profissionais.

 


Foto: Natália Rossi

“O levantamento teve como principal objetivo entender com maior profundidade quais são as expectativas do mercado quanto à contratação de profissionais de Tecnologia. Buscamos saber se o cenário real estava dialogando com a expectativa de quem está esperando pelo primeiro emprego, principalmente pessoas diversas, que enfrentam algumas barreiras invisíveis, como a falta de experiência, certificações técnicas e a ausência de uma rede de apoio e acolhimento que as impulsione”, explica Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem.

 

Por meio de dados quantitativos coletados com profissionais de empresas de Tecnologia e Recursos Humanos, o levantamento teve como foco traçar o perfil atual das organizações de TI, assim como identificar padrões na forma como elas contratam e apontar desafios e oportunidades. A maioria das companhias têm optado por modelos híbridos de trabalho (49%), com chance de redução do modelo remoto, já que há a valorização da presença física no ambiente de trabalho. Segundo o estudo, contudo, isso limita a inclusão. “O home office proporciona mais qualidade de vida aos colaboradores, além de ampliar o acesso a oportunidades para pessoas fora das capitais e grandes centros, o que poderia expandir o banco de talentos das empresas”, alerta Ana Letícia.

 

De acordo com a pesquisa, os cargos com maior volume de vagas hoje são em Desenvolvimento de Software (23%), Suporte Técnico (15%), Engenharia de Nuvem (11%), DevOps (10%) e Análise de Infraestrutura (10%). Porém, as empresas ainda enfrentam desafios como a falta de qualificação dos profissionais (51%) e a alta concorrência por talentos (20%) para preenchê-las. Apesar disso, contam com algumas alternativas para encontrar profissionais, como a criação de vagas afirmativas. 65% das empresas mapeadas no estudo possuem ações de diversidade e inclusão, como comitês e grupos de afinidade.

 





“A diversidade é fundamental para a criatividade e inovação. O mercado têm se movimentado há um tempo sobre esse assunto e apresentar esse tipo de solução é essencial para reter os profissionais. Quanto mais estruturadas forem essas ações, mais preparada a empresa estará para absorver grupos sub-representados”, finaliza a especialista.

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