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Em documento encaminhado à
Justiça, eles informam que cliente foi notificado e 'irá constituir novo
procurador'. Renê Junior disparou contra trabalhador da limpeza após se irritar
com caminhão de lixo na rua.
Os advogados Leonardo
Guimarães Salles, Leandro Guimarães Salles e Henrique Vieira Pereira deixaram
nesta segunda-feira (18) de defender o empresário Renê da Silva Nogueira
Junior, preso pela morte do gari Laudemir Fernandes, em Belo Horizonte.
A prisão de Renê ocorreu no
último dia 11, horas após a morte de Laudemir. Renê disparou depois de se
irritar com trabalhadores da limpeza urbana devido ao caminhão de lixo, que
estava parado na rua enquanto ele tentava passar com seu carro. O empresário
ameaçou, inicialmente, atirar na motorista do veículo e acabou disparando
contra Laudemir, que fazia a coleta. Veja a linha do tempo do caso.
Em documento destinado à juíza
do 1º Tribunal do Júri da comarca de Belo Horizonte, os advogados afirmam que
"vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência RENUNCIAR aos
poderes que lhe foram outorgados". Segundo os advogados, "o investigado
foi informado e irá constituir novo procurador".
Em nota enviada à imprensa, um
dos advogados, Leonardo Salles, afirma que deixou o caso por "motivo de
foro íntimo" após conversa reservada com Renê.
Renê Junior é casado com a
delegada da Polícia de Minas Gerais Ana Paula Balbino Nogueira. Exames de
balística confirmaram que a arma usada no crime é de uso pessoal ela.
No dia do assassinato de
Laudemir, duas armas pertencentes à delegada tinham sido apreendidas na casa do
casal. Renê não tinha autorização para posse de arma e nenhum armamento
registrado em seu nome.
O Fantástico teve acesso a
áudios e vídeos que revelam detalhes após o crime
A delegada afirmou que não
sabia que o marido usava sua arma. A Corregedoria da Polícia Civil investiga
se ela tem responsabilidade administrativa. Os delegados do caso dizem
que não há indícios de envolvimento direto dela no crime, mas as investigações
continuam.
René negou o assassinato e
disse que toma remédios controlados. Na audiência de custódia, o juiz mencionou
que o empresário já responde por violência doméstica contra a ex-esposa, demonstrando
"uma personalidade violenta". A defesa afirma que só vai se
manifestar após ter acesso aos documentos da investigação.
A polícia indiciou René por
homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça. Se condenado,
ele pode pegar até 30 anos de prisão. Os investigadores dizem que
não têm dúvidas sobre a autoria do crime. “Temos indícios contundentes e
irrefutáveis”, afirmou o delegado Evandro Radaelli.
Laudemir trabalhava há sete
anos como gari. Era
conhecido como “Lau” e muito querido pela família.
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