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Um dos
37 indiciados pela Polícia Federal (PF) por envolvimento em um suposto plano de
golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder, o padre José Eduardo de
Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, em São Paulo, já prestou atendimento
espiritual ao ex-presidente. Isso aconteceu quando Bolsonaro levou uma facada
no abdômen durante a campanha eleitoral de 2018.
Com
cerca de 426 mil seguidores no Instagram, o padre se apresenta como
"sacerdote, pároco e professor". O religioso vende cursos on-line
sobre temas ligados ao catolicismo, como o "código do matrimônio" e
"batalha espiritual" contra o mal.
As
investigações apontam que o padre participou de reuniões com Bolsonaro para
discutir propostas para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
no fim de 2022. Segundo a PF, entre as alternativas que foram discutidas entre
Bolsonaro e o seu entorno estavam a decretação do estado de sítio, prisão de
autoridades e realização de novas eleições.
No
início do mês, em depoimento à PF, o religioso negou ter participado de
qualquer reunião no Palácio do Planalto com conotação política ou que tenha
sido discutida a minuta golpista. De acordo com o padre, ele se encontrou com
Bolsonaro apenas para prestar "apoio espiritual" para ele.
A
presença de um padre em encontros sobre o suposto plano golpista foi citada
pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fechou
acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal.
Segundo
a PF, os 37 indiciados devem responder pelos crimes de abolição violenta do
Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, cujas
penas máximas somam 10 anos de prisão.
Fonte:
Globo
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