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Pela primeira vez na
história, cientistas observaram – em tempo real – a formação da molécula de
água. O evento inédito ocorreu como parte de um novo estudo da Northwestern
University, nos EUA, publicado no
último domingo (27/9), mostrando a fusão de átomos de hidrogênio e oxigênio.
Para observar a formação da
molécula de água, os cientistas utilizaram uma nova técnica para visualizar a
fusão dos átomos sobre uma superfície de paládio.
O paládio, elemento
raro, consegue
catalisar a reação gasosa que forma a água. Ao observar, pela primeira vez,
a reação
em escala molecular, os cientistas desvendaram como o processo ocorre.
Além disso, os cientistas
descobriram como acelerar o processo de criação da água através do paládio.
Como a reação não
depende de condições extremas, os cientistas afirmam que o paládio pode ser
uma solução para geração rápida de água em ambientes áridos – até
mesmo em outros planetas.
“Ao visualizar em escala
molecular a formação de água, conseguimos identificar as condições ideias para
geração rápida de água sob condições de ambiente. Essas descobertas têm
implicações importantes para aplicações práticas, como possibilitar a geração de
água em ambientes do espaço sideral usando gases e metais catalisadores, sem a
necessidade de condições extremas de reação”, afirmou Vinayak Dravid, co-autor
do estudo.
Inspiração cinematográfica
Com as possibilidades de
geração de água fora da Terra, Dravid faz
uma alusão ao filme “Perdido em Marte” para explicar o processo. No
filme, o personagem de Matt Damon usa combustível de foguete para extrair
hidrogênio e, em seguida, adicionar oxigênio por um oxigenador.
“Nosso processo é similar, mas
não precisamos usar fogo e outras condições extremas. Nós, simplesmente,
misturamos paládio com os gases”, diz o pesquisador.
Apesar das propriedades
catalisadoras do paládio para geração de água serem conhecidas há mais
de um século, o mecanismo exato para geração ainda era um mistério.
Além disso, tentativas
anteriores de observação da formação da molécula de água eram impedidas pelas
limitações tecnológicas.
Contudo, em janeiro deste ano,
tais limitações acabaram. A equipe deste estudo desenvolveu uma membrana
de vidro ultrafina com nanorreatores.
Desse modo, eles conseguiram
observar as moléculas de gás usando um microscópio eletrônico de transmissão de
alto vácuo.
Fonte: gizmodo
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