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O governo venezuelano convocou
seu embaixador na Espanha, bem como o embaixador da Espanha para o país
sul-americano, disse o ministro das Relações Exteriores da Venezuela nesta quinta-feira (12), intensificando uma
disputa diplomática.
O ministro das Relações
Exteriores da Venezuela, Yván Gil, citou comentários “insolentes,
intervencionistas e rudes” da ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, em uma postagem no Telegram.
Robles havia chamado a
administração venezuelana de “ditadura” no início do dia, informou a mídia
local.
Gil disse que chamou de volta
Gladys Gutierrez, embaixadora do país na Espanha, para consultas na Venezuela,
ao mesmo tempo em que convocou o embaixador espanhol na Venezuela, Ramon
Santos, para comparecer perante o Ministério das Relações Exteriores nesta
sexta-feira (13).
Parlamento espanhol reconhece
vitória da oposição
O primeiro-ministro espanhol,
Pedro Sánchez, encontrou-se, nesta quinta-feira (12), com o líder da oposição
venezuelana Edmundo González, em Madri, um dia depois que a câmara baixa do
Parlamento espanhol votou pelo reconhecimento de González como o vencedor da eleição presidencial de
julho.
González, de 75 anos, que é
procurado pelas autoridades venezuelanas sob acusação de conspiração e outros
crimes, refugiou-se na Espanha no domingo, enquanto Sánchez visitava a China.
Na quarta-feira, a câmara
baixa da Espanha aprovou uma moção instando o governo a reconhecer González
como presidente eleito, uma medida simbólica que Sánchez disse que seu governo
minoritário liderado pelos socialistas ignoraria e se alinharia com a União
Europeia sobre a questão.
O Parlamento venezuelano pediu
ao governo que cortasse os laços diplomáticos já instáveis com a Espanha depois
que a moção foi aprovada.
Sánchez disse que a Espanha
continuaria exigindo a divulgação dos resultados detalhados da votação na
presença de um mediador da UE, embora ainda não reconhecesse Maduro ou González
como vencedor.
A oposição venezuelana
publicou supostas contagens de votos que apontavam para uma vitória de
Gonzalez.
Mas a autoridade eleitoral
nacional, que não publicou os votos detalhados, declarou o presidente em
exercício, Nicolás Maduro, o vencedor das eleições venezuelanas de julho.
Fonte: CNN
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