Artesãs do Ceará produzem peças exclusivas da Marina Bitu para plataforma social da Magalu

 

Foto: Rprodução

Em Missão Velha, no Cariri cearense, as fibras das bananeiras passeiam entre os dedos das mãos habilidosas de mulheres que as entrelaçam para criar produtos artesanais. Essas artesãs foram responsáveis pela confecção da bolsa e do chapéu com design exclusivo da grife local Marina Bitu, cuja venda ocorre a partir do próximo dia 11, na plataforma Mundo Social da Magalu (MGLU3).

“Abriu portas para a gente. Todas nós somos mães, e poder ter essa visibilidade e recurso para complementar o orçamento da nossa família é algo muito importante”, relata a artesã Cicera Ribeiro, de 46 anos. 

Cicera Ribeiro

Artesã da Fibrarte, em Missão Velha, no Ceará

Também será uma oportunidade para consumidores de menor poder aquisitivo comprarem um item da Marina Bitu. A bolsa é vendida por até R$ 179, enquanto o chapéu por R$ 359. Os valores ainda são inacessíveis para grande parte da população, mas já atinge um público mais diverso. 

Segundo a responsável pelo Mundo Social Magalu e especialista em diversidade e inclusão e responsabilidade social, Raíssa Aryadne, a varejista buscará estratégias para tornar os produtos mais acessíveis. 

“Sabemos desse ticket médio mais elevado e usaremos nossos meios comerciais para facilitar, com toda a parte promocional do time, como cupons de desconto, parcelamento em mais vezes e sem juros”, afirmou, durante coletiva de imprensa nessa segunda-feira (2), em Fortaleza. Conforme Raíssa, essa será a primeira marca do Ceará a vender na plataforma. 

Raíssa Aryadne

Responsável pelo Mundo Social Magalu e especialista em diversidade e inclusão e responsabilidade social

A sócia da Marina Bitu, Cecília Baima, explica que a composição do custo engloba uma remuneração justa para as artesãs.

“Há maior valor agregado porque pagamos o preço pedido.  Elas têm todo um trabalho manual, e nós não barganhamos e não fazemos questão de baixar porque não queremos desvalorizar essas trabalhadoras”, ponderou.

Cecília Baima

Sócia da Marina Bitu

“Mas, vendo uma necessidade de proporcionar acesso à marca para mais públicos, temos criado alguns produtos, como t-shirts e outros, como está ocorrendo agora no caso dessa parceria com a Magalu”, frisou. 

Atualmente, a Marina Bitu possui loja física apenas em São Paulo. As vendas para outras localidades ocorrem pelo site. 

As peças foram desenvolvidas por uma das associações parceiras da Marina Bitu, a Fibrarte, nascida em 2011 para potencializar a produção artesanal com fibra de bananeira no município de Missão Velha, no Ceará. Atualmente, a entidade tem cerca de 20 associadas. 

As peças a serem vendidas na Magalu foram feitas pelas mãos das artesãs:

Adriana Patrícia Leite Gonçalves;

Iraneide Cruz Pereira;

Joseane de Sousa;

Maria Cilda Sousa Tavares; 

Maria Cleide Moura;

Maria Margarete Carneiro Nascimento;

Maria Regina Furtado Neves Saraiva; 

Cicera Selma Ribeiro Correia;

Iris Maria Pereira de Oliveira;

Patrícia Rodrigues Inácio De Lima.

Produtos com a cara do Ceará 

A bolsa “minaudiere” e um chapéu estilo "bucket" são feitos a partir dos troncos secos das bananeiras por meio de um processo 100% manual, reaproveitando o que seria descartado. 

A matéria-prima foi trabalhada com técnica de crochê e leve acabamento impermeável para otimizar a durabilidade e qualidade das peças. Veja:

Fundada em 2017, a Marina Bitu foca na preservação e valorização das culturas brasileira e nordestina através do design, das matérias-primas e mão de obra local.  A marca é conhecida pelas referências regionais e estética com plissados fluidos e românticos que remetem às sanfonas tão características do Ceará. 

O que é o Mundo Social e como fazer parte

O Mundo Social foi criado há quatro anos. Segundo a Magalu, o projeto busca acelerar e dar visibilidade aos negócios de impacto positivo, conectando pequenos empreendedores com consumidores conscientes. A plataforma é destinada à venda de produtos fornecidos por ONGs ou empresas.

Fonte: Diário do Nordeste

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