Foram 27 anos morando na zona
rural do município de Picos, no interior do Piauí, dividindo o mesmo lar com os
pais e a irmã, além de ter outros familiares residindo bem perto. Após a
aprovação no concurso da Polícia Militar do Estado do Ceará, porém, veio a
necessidade de atravessar a divisa e fixar residência sozinha em Fortaleza.
Sozinha, porém, a
aluna-soldado Paloma não está. “Eu tenho uma nova família, aqui, no Ceará”,
comemora, referendo-se aos colegas da Academia Estadual de Segurança Pública do
Ceará (Aesp/CE).
A trajetória dessa professora
que trocou o magistério pela carreira militar é tema desta edição do Passado,
Presente e Futuro – um conteúdo especial desta Academia sobre os profissionais
que estão em processo de formação inicial na instituição.
A
vida escolar sempre foi na rede pública. Até chegar ao nível superior, quando
cursou História, na Universidade Federal do Piauí, Paloma teve uma vida muito
perto da família. Logo, a busca por uma carreira pública com estabilidade
passaria a ser um sonho não muito distante.
No
Piauí, ela sentia que era do outro lado da divisa que esse desejo se
realizaria. Primeiro, no curso da Polícia Civil do Estado do Ceará, veio a
reprovação. Depois, no certame da PMCE, a aprovação.
“Sempre
tive um carinho pelo Ceará. Não sei o porquê. Sempre tem concurso no Piauí,
tanto que teve agora de Polícia Militar. Não fiz. Por algum motivo, sempre tive
vontade de morar no Ceará”, explica.
Presente
Uma vez aprovada e convocada
por esta Academia, ela precisou deixar a família para trás. Essa decisão não
significou não ter família em solo cearense. “Não tenho parente nenhum no
Ceará, não conheço ninguém, até então não tinha amigo ou conhecido. Foi difícil,
não só para mim, mas para toda a minha família. Eu morava do lado da minha
bisavó. Ela me liga constantemente”, confessa Paloma
“Aqui
(na Aesp), eu estou construindo a minha família. Não tive irmão homem. Agora eu
tenho vários. É a minha família afetiva. Eu tenho uma nova família aqui no
Ceará”, complementa.
Futuro
A opção pela carreira militar
passou pela ideia de estabilidade, mas a aluna-soldado prevê uma rotina
diferenciada – a partir de uma visão humano humanística que coincide com os
valores exigidos por esta Academia e pelo governador Elmano de Freitas. “Segurança
Pública me encanta também por conta do trabalho com os grupos vulneráveis. Eu
acho um trabalho de grande valia para a sociedade”, indica.
“Eu citei os vulneráveis
porque são temas que me tocam muito. Eu estou para servir toda a sociedade
cearense. Mas temas que me tocam mais são os grupos vulneráveis”, reitera.
Já a vida de militar, ainda no
início, é bem promissora. Paloma quer ser uma servidora diferenciada. “Eu
espero ser uma profissional exemplar, honrar o nome da PMCE, a gloriosa PMCE.
Quero fazer a diferença. Quero ser uma profissional ética, pautada na disciplina,
que é uma base da PM do Ceará”, expõe.
Fonte:AESP/CE
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