Imagem de apoio ilustrativo. A
Bacia do Banabuiú está entre as 12 regiões hidrográficas contempladas com os
planos de recursos hídricos Crédito: FCO FONTENELE Autor Mirla Nobre Todas as
bacias hidrográficas do Ceará apresentam problemas de degradação nas suas
estruturas em categorias relacionadas a questões ambientais, qualidade da água
e quantidade de água. Os diagnósticos constam nos Planos de Recursos Hídricos
das regiões hidrográficas do Ceará publicados pela Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh), em parceria com o Programa Cientista Chefe, no
último dia 19. Depois de três anos de pesquisas, 12 documentos detalharam a
situação atual das regiões hidrográficas do Curu, Serra da Ibiapaba, Sertões de
Crateús, Litoral, Coreaú, Salgado, Banabuiú, Alto Jaguaribe, Região
Metropolitana de Fortaleza, Médio Jaguaribe, Baixo Jaguaribe e Acaraú. Entre os
pontos graves
A coordenadora técnica da
Cogerh no plano da bacia do Curu, Samiria Maria Oliveira, explica que os
diagnósticos foram feitos a partir de oficinas de trabalho, seminários,
questionários e entrevistas em campo. “Com base em levantamentos técnicos e das
percepções e vivências dos Comitês das Bacias Hidrográficas, a gente conseguiu
identificar os principais conflitos de uso, problemas ambientais e a demanda e
oferta hídrica de cada região”, disse. Além dos diagnósticos, que considerou os
aspectos físicos, ambientais, oferta e demanda das regiões, bem como os
aspectos socioeconômicos, os planos também tiveram etapas de prognósticos, que
apresentou a descrição dos cenários prováveis e as estimativas da oferta e das
demandas de água no futuro, e a etapa de programas e ações para cada região
hidrográfica. Nesta etapa, são definidas e estimados custos das ações para
aprimorar formas de abastecimento humanos, para tornar eficiente o uso das
águas em diferentes atividades produtivas, capacitar os principais atores
sociais, minimizar os problemas relacionados aos recursos hídricos superficiais
e subterrâneos, bem como questões gerenciais e ambientais que afetam o campo
dos recursos hídricos. Segundo o cientista chefe de Recursos Hídricos,
professor Assis Filho, os diagnósticos foram discutidos nos Comitês de Bacias
e, em seguida, foram montados os prognósticos e planos de ações. “Com esses
documentos, a gente tem ideia dos principais gargalos e principais dificuldades
que a bacia pode ter. Identificar que tipo de ação a gente tem que ter para
reduzir as secas, cheias e melhorar a questão da qualidade de água da bacia e
as questões ambientais”, destaca PUBLICIDADE Os cookies nos ajudam a
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Conforme o diretor de
Planejamento da Cogerh, João Lúcio Farias, com os diagnósticos apresentados, os
planos de ações serão colocados em prática e destacou como as ações vão
funcionar diante do cenário de seca. “A gente espera que o próprio plano seja
apropriado pelo próprio Comitê. A preocupação agora é a implementação dos
planos, que estão previstos para 30 anos”, disse. Ainda segundo João
Lúcio, os planos vamos trabalhar de forma integrada com os planos de seca. Além
disso, os planos devem ter uma revisão a cada quatro ou cinco anos com objetivo
de atualizar os cenários. Atualmente, nos documentos, os pontos mais demandados
pelos representantes dos Comitês de Bacias são acerca de questões ambientais e
estruturais na região. “Pontos como construção de reservatórios, adutoras, e
também as questões ambientais estão contemplados nos planos para cada região”,
garantiu o diretor.
Fonte: O Povo

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