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Na apelação, promotor diz não ter dúvida sobre a culpa do prefeito de Americana, que nega as acusações O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) apresentou um recurso, neste mês, contra a sentença que absolveu o prefeito de Americana, Chico Sardelli (PV), da acusação de ter se beneficiado ilegalmente de recursos recebidos por meio de caixa dois em 2013.
Na
apelação, o promotor José Carlos Guillem Blat disse que “não há dúvidas” de que
Chico, então deputado estadual, recebeu R$ 100 mil do Grupo CCR para
financiamento de campanha eleitoral. O prefeito nega. Ele foi absolvido pela 7ª
Vara de Fazenda Pública de São Paulo em 30 de setembro.
O caso é baseado em delações de ex-executivos do Grupo CCR, responsável pela gestão de rodovias no Estado.Na sentença, a juíza Adriana Del Compari Maia da Cunha apontou que a prova dos fatos se restringia a três depoimentos – o que a legislação não considera suficiente para uma eventual condenação. O MP rebateu essa afirmação.
“As
imputações realizadas pelo apelante [MP] não se lastrearam unicamente em
depoimentos prestados por ex-funcionários da empresa, tidos como
‘colaboradores’, mas sim em amplo arcabouço documental”, diz o promotor.
Ele também aponta que o pagamento era feito com dinheiro vivo, “de modo que a comprovação do seu recebimento deve ser remetida a outros meios de prova, como, por exemplo, testemunhos daqueles que fizeram parte do esquema espúrio, o que efetivamente ocorreu nos autos”.
A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital moveu o processo em 2020. A ação se deu como um desdobramento de investigações da Operação Lava Jato.Em 2017, o doleiro Adir Assad afirmou, em depoimento prestado à força-tarefa da investigação em Curitiba (PR), que havia recebido R$ 46 milhões do Grupo CCR por meio de suas empresas de fachada. Parte do dinheiro teria sido distribuída a diversos políticos para bancarem gastos de campanhas eleitorais.
Chico
diz que recursos como esse são de ‘praxe’
“Trata-se
de uma denúncia infundada e da qual já fui declarado inocente pela Justiça em
primeira instância. É praxe que a promotoria recorra em instâncias superiores,
mas sigo absolutamente tranquilo quanto a essa ação, pois nunca cometi nenhuma
irregularidade”, disse Chico, em nota enviada ao LIBERAL.
Ele
também lamentou o fato de a ação ter sido movida em período eleitoral. “Mas
felizmente a justiça foi feita e ficou comprovada a minha inocência. Sigo
motivado a continuar trabalhando muito por Americana”, afirmou.
Fonte: Liberal
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