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Foto: Reprodução |
Identificar possibilidades de
negócios e parcerias estratégicas em áreas de energias renováveis, como o
hidrogênio verde, assim como tecnologias ambientais. Esse foi o objetivo da
missão da delegação político-empresarial alemã que participou, na tarde desta
terça-feira (07), de reunião com a vice-governadora Jade Romero, secretários de
Estado e gestores estaduais na sede da vice-governadoria. O presidente da
Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Danilo Serpa, participou
do encontro.
A delegação “Greentech
-Hidrogênio Verde, Tecnologias Ambientais, Energias Renováveis e Recursos
Naturais”, realizada pelo Ministério Estadual de Economia, Trabalho e Turismo
do Estado Alemão de Baden-Württemberg, é composta por 35 participantes dentre
membros da equipe técnica do ministério, lideranças políticas do estado alemão,
empresários da área temática e profissionais da imprensa. Antes de vir ao
Ceará, a delegação esteve no Chile e no Rio de Janeiro.
De acordo com a
vice-governadora Jade Romero, o Ceará é referência em energias limpas. “Nós já
produzimos este ano a primeira molécula de hidrogênio verde, além de sermos
pioneiros em energias solar e eólica. A transição energética faz parte da nossa
vocação natural e queremos que o desenvolvimento de projetos como o do
hidrogênio verde possa trazer melhorias para o povo do Ceará”, disse.
A vice-governadora destacou
para a delegação alemã que um dos diferenciais do Ceará é o equilíbrio fiscal
do Estado, e que isso garante a capacidade de investimento acima das metas
constitucionais. Além disso, ressaltou os excelentes índices de educação, nos
quais das 100 melhores escolas públicas do Brasil no ensino fundamental, 87
estão no Ceará.
Já a ministra estadual da
Economia, Trabalho e Turismo do Estado Federado de Baden-Württemberg na
Alemanha, Nicole Hoffmeister-Kraut, chefe da delegação, disse que estão muito
interessados em intensificar o intercâmbio com o Ceará, e escolheram o estado
por conta da sua excelente reputação na geração de energias. Destacou, ainda, que
há décadas Alemanha, Brasil e Ceará mantêm relações e que, com a assinatura do
acordo do Mercosul, querem cada vez mais reforçar as relações bilaterais.
“É muito bom estar aqui. É
muito importante para nós implementarmos tecnologias em torno do hidrogênio
verde nas indústrias. Nós temos pesquisas aplicadas ao longo de décadas
voltadas para isso. Nossas empresas têm muito interesse em cooperar com o Ceará
na área de hidrogênio verde e também em outras áreas. Há muitas vantagens para
as duas partes”, pontuou.
Para a secretária de Relações
Internacionais, Roseane Medeiros, que apresentou para o grupo alemão os
diferenciais competitivos do Estado, a Alemanha é muito importante nesse
processo de transição energética e pode ajudar o Ceará a realizar o seu processo
com eficiência. Ela apresentou também a estrutura legal do Estado, que dá base
e segurança aos projetos da área de hidrogênio verde e as ações em
desenvolvimento. “Sob qualquer perspectiva o Ceará é uma grande oportunidade”,
afirmou.
Hub de Hidrogênio Verde
Foi lançada no Ceará, em
janeiro deste ano, a primeira molécula de Hidrogênio Verde (H2V) produzida no
Brasil. O evento foi o passo estratégico inicial para o desenvolvimento do
projeto piloto de H2V no Complexo Termelétrico do Pecém, localizado no Complexo
do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante. Com investimento de R$ 42
milhões, a unidade instalada é a primeira da América Latina.
Considerado um combustível
universal, o hidrogênio, em sua versão verde, pode ser obtido ao se utilizar
energia renovável, como é o caso da energia eólica, da energia
solar/fotovoltaica e do processo de separação da molécula de hidrogênio da
molécula de oxigênio existente na água. Todas fontes abundantes no Ceará. A
planta de Hidrogênio Verde (Pecém H2V) da EDP é um projeto de Pesquisa &
Desenvolvimento da UTE Pecém. Contempla uma usina solar com capacidade de 3 MW
e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível com
garantia de origem renovável, com capacidade de produzir 250 Nm3/h do gás.
Fonte: ADECE
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