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Foto: Reprodução |
O Complexo Industrial
Portuário de Suape terá um novo terminal de tancagem de Gás Liquefeito de
Petróleo (GLP), o gás de cozinha. A nova estrutura será um investimento da
ordem de R$ 1,2 bilhão realizado por uma joint venture formada pelo
Grupo Edson Queiroz, controlador da Nacional
Gás, por player global de armazenagem e Copa Energia, controladora da
Liquigás e Copagaz. O objetivo é garantir o abastecimento da região Nordeste,
que atualmente conta com estoque de apenas quatro dias.
O terminal contará com unidade
de infraestrutura de 90 mil metros cúbicos de tancagem, além da implantação de
dutos para movimentar a matéria-prima e fazer as conexões logísticas. O
diferencial está na tecnologia inédita no Brasil, onde o gás é armazenado refrigerado,
ocupando um volume reduzido e aumentando assim a capacidade de estoque.
Por ano, o terminal de 60
mil metros quadrados irá comportar 1,5 milhão de toneladas de GLP. O anúncio
foi feito pelo presidente do Grupo Edson Queiroz, Carlos Rotella, em reunião
com o governador Paulo Câmara nesta quarta-feira (14).
“O Grupo Edson Queiroz é
parceiro histórico de Suape e agora, por meio dessa joint venture, formada
pelo Grupo Edson Queiroz, um player global de armazenagem e a Copa Energia,
contaremos com um aporte bilionário que amplia nossa capacidade de abastecer o
mercado de gás de cozinha, como também promover empregos importantes nas obras
e na futura operação. Nossa responsabilidade no cumprimento de contratos e na
garantia de oferecer segurança jurídica a quem decide investir em Pernambuco
têm esse resultado. Acordos mantidos e aportes reforçados”, ressaltou o
governador de Pernambuco, Paulo Câmara.
Com o início das operações, o
terminal de tancagem deve colocar o Nordeste em uma nova situação de autonomia
de abastecimento de GLP. Hoje, o Brasil vive um déficit de combustível, já que
não produz tudo o que consome, por isso, importa gás dos EUA, Oriente Médio e
África. O Nordeste é o mais afetado, uma vez que as principais refinarias do
País estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste.
ABASTECIMENTO
"O GLP consumido pelo
Nordeste já chega ao Brasil por Suape. Vamos instalar uma estrutura capaz de
abastecer toda a região, com exceção do estado da Bahia. Além do aumento da
capacidade, o terminal também reduzirá os custos da operação, já que teremos
condições de armazenar volumes muito superiores aos que são feitos hoje em dia.
Para o Grupo Edson Queiroz é um novo negócio, adjacente ao setor que já atuamos
há 70 anos.", conta Carlos
Rotella, presidente do Grupo Edson Queiroz.
O novo equipamento já nasce
com grandes clientes, a Nacional Gás, Copagaz e Liquigás, que devem consumir
cerca de 70% do volume de negócio. "O terminal estará disponível para que
outras distribuidoras possam importar diretamente o combustível contando com a
nossa infraestrutura. Assim, terão mais agilidade, segurança e tecnologia à
disposição", complementa Rotella.
“A Copa Energia, com a
aquisição da Liquigás, se tornou o maior player da América Latina de GLP e um
dos principais do Nordeste. Esse investimento é um passo importante para
garantia de abastecimento da região, pois passaremos a ter uma tancagem com
maior capacidade de armazenamento garantindo o abastecimento no longo prazo.
Além disso, esse movimento também vai de encontro com uma estratégia já adotada
pela Copa Energia de diversificar o fornecimento de GLP. Hoje somos a única
empresa que importa da Bolívia e Argentina, e essa infraestrutura que vai
possibilitar termos acesso à ‘molécula’ em outras regiões, negociando com
América do Norte, África e Ásia. Além da garantia de abastecimento, que é ainda
mais um argumento para a liberação dos usos do GLP para outras aplicações,
ampliando alternativas energéticas para desenvolvimento do Brasil”, declara
Pedro Turqueto, vice-presidente da Copa Energia.
A nova presença do Grupo Edson
Queiroz em Suape reforça a estratégia de expansão da operação de players do
segmento de gás no território do complexo, a partir da lacuna deixada pela
Transpetro, com uma vantagem extra: a empresa possui terreno próprio dentro do
porto organizado, onde já opera uma unidade de envase de GLP da empresa
Nacional Gás. Os aportes já iniciaram com R$ 20milhões investidos na
requalificação nas instalações da base envasadora em botijões, essencial para o
novo projeto.
“Diversos segmentos são
estratégicos dentro da nossa política de atração de novos negócios para
Pernambuco, principalmente os de alto valor agregado e que representam impacto
social, econômico e de proteção ao meio ambiente. O setor de gás de cozinha é
um desses, inclusive porque a gente entende a essencialidade do produto na vida
das pessoas e de diversos setores econômicos. Vamos trabalhar ativamente para
que outros empreendimentos do tipo enxerguem a oportunidade também”, destacou o
secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio.
Durante a fase de obras o
terminal de tancagem poderá gerar até mil postos de trabalho.
Fonte: Diário do Nordeste
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