Augusto Fernades- Correio Brasiliense
Depois
do fracasso em lançar o Renda Brasil como substituto do Bolsa Família, o
presidente Jair Bolsonaro admite, agora, que o seu governo deve turbinar o
programa, consagrado durante as gestões presidenciais do PT. De acordo com o
chefe do Executivo, ao término da nova rodada de pagamentos do auxílio
emergencial, uma proposta de remodelagem do Bolsa será apresentada.
Antes de deixar o Ministério da Cidadania, que
controla os benefícios sociais disponibilizados pelo governo, Onyx Lorenzoni,
agora ministro da Secretaria-Geral da Presidência, havia apresentado detalhes
sobre como funcionará a nova versão, como o valor médio a ser repassado às
famílias beneficiárias, em torno de R$ 200.
Além disso, o novo programa contará com a
funcionalidade de microcrédito digital produtivo, que deve ser destinado a
micro e pequenos empreendedores, formais ou informais. “A gente acresce o
microcrédito produtivo, que vai permitir, por exemplo, que uma pessoa possa
buscar até R$ 1 mil, comprar uma máquina, repor o seu estoque, para retomar sua
atividade econômica”, afirmou, em recente entrevista ao programa Direto ao
Ponto, da Jovem Pan.
Segundo Lorenzoni, o governo não deve alterar o
nome do programa. “Vai ser o Bolsa Família mesmo, não tem porque mudar, é o
programa que as pessoas estão acostumadas”, justificou. Ele também informou que
os recursos para bancar as mudanças virão do orçamento previsto para o
Ministério da Cidadania em 2021, que é de R$ 104,28 bilhões.
0 Comentários