Valor é referente à folha salarial de dezembro, tributos trabalhistas e despesas de manutenção
A Prefeitura de Barbalha informou que mais de R$ 43
mi (quarenta e três milhões de reais) em dívidas foram deixados pela
gestão passada. Os valores são referentes à folha salarial de dezembro, que
está em atraso, tributos trabalhistas (INSS, FGTS e Pasep) e despesas de
manutenção. O débito pode ser ainda maior, quando a prestação de contas for
totalizada. O balanço financeiro parcial foi divulgado nesta quarta-feira, 13,
em coletiva de imprensa.
O prefeito, Guilherme Saraiva, afirmou que não pretende aumentar
impostos para equilibrar as contas da Administração. “Não podemos aumentar
tributos em um momento de crise. O que vamos fazer é baixar as despesas, fazer
uma contenção dentro da Prefeitura”, declarou.
O secretário de Finanças, Aquiles Soares, comunicou que o pagamento dos
servidores municipais atrasou porque os bancos ainda não forneceram todas as
chaves de acesso das contas bancárias do Município. Sendo assim, ainda não foi
possível saber quanto a Prefeitura ainda tem de saldo total disponível.
O prefeito anterior havia afirmado que deixou R$ 30 milhões no caixa do
Município, porém esse valor ainda não foi confirmado. Além disso, mais de R$ 17
milhões desse valor é destinado ao precatório; R$ 4,4 milhões são do recurso
vinculado ao Covid/SUS; quase R$ 2 milhões são do Fundeb e outros quase R$ 3
milhões são de contas vinculadas. Assim, sobrariam, de fato, apenas R$ 3
milhões, insuficiente para pagar sequer a folha salarial, que está calculada em
R$ 4.722.153,17.
A Administração Municipal deu total prioridade ao pagamento dos
servidores, que começaram a receber a remuneração, conforme calendário
divulgado na semana passada. O secretário relembra que a folha salarial em
atraso é referente ao mês de dezembro, ou seja, deveria ter sido paga pela
gestão anterior.
Uma parte dos servidores públicos não recebeu o pagamento que deveria
cair em conta bancária no 5º dia útil de janeiro, na última sexta-feira, 8.
Apenas os funcionários das secretarias de Saúde e Finanças, cargos
comissionados e alguns pontuais foram pagos.
O recolhimento previdenciário dos meses de abril, maio, outubro,
novembro, dezembro e do 13º salário não foi repassado ao Instituto Nacional de
Seguridade Social, INSS. Já o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, FGTS,
está com pendências para os meses de janeiro, março, abril, maio, junho, julho,
agosto, novembro, dezembro e 13º salário. Em relação ao Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público, Pasep, novembro e dezembro de 2020 não foram
pagos.
Restos a pagar são as despesas de manutenção, como tarifa de água,
energia elétrica, internet, fornecedores etc. Além do valor total, esses custos
ainda acarretam juros, multas e correção monetária.
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