Em nota, pasta afirma que totalidade das vacinas produzidas pelo Instituto Butantan serão adquiridas pelo governo federal
Victor Farias- O Globo
O
Ministério da Saúde afirmou neste sábado que a vacinação contra a Covid-19 deve
ocorrer simultaneamente em todo o país, com distribuição proporcional de doses
entre os entes federativos. Ontem, o estado de São Paulo afirmou que irá manter o
início da vacinação no estado, previsto para o próximo dia 25 de janeiro,
independentemente do planejamento federal de imunização.
Na nota
divulgada pelo ministério, o governo afirma que decidiu ontem, em reunião com o
Instituto Butantan, que as 100 milhões de doses produzidas pela instituição
serão incorporadas ao Programa Nacional de Vacinação (PNI) contra a Covid-19. O
Butantan desenvolve o imunizante CoronaVac em parceria com a farmacêutica
chinesa Sinovac.
O anúncio
ocorre dois dias depois que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que
o governo assinou um acordo com o Instituto Butantan para comprar 46
milhões de doses da CoronaVac. Na ocasião, Pazuello afirmou que a pasta poderia
ampliar a contratação em mais 54 milhões, totalizando 100 milhões de doses.
"Representantes
do Ministério da Saúde e do Instituto Butantan acertaram que a totalidade das
vacinas produzidas pelo laboratório paulista serão adquiridas pelo Governo
Federal e incorporadas ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação
contra a Covid-19", escreveu a pasta, acrescentando:
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rebatem Bolsonaro e dizem que seringas em estoque são para outras vacinas
"Assim,
brasileiros de todo o país receberão a vacina simultaneamente, dentro da
logística integrada e tripartite, feita pelo Ministério da Saúde e as
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde."
Apesar do
acordo, o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, destacou na
sexta-feira que o estado não irá adiar o início da vacinação caso o PNI não
comece antes do dia 25. Uma das possibilidades para o início da vacinação
nacional é o dia 20 de janeiro, mas o Ministério da Saúde não confirmou nenhuma
data.
CoronaVac
e Oxford: Tudo sobre as
vacinas que devem ser as primeiras usadas no Brasil
Na nota
enviada hoje pelo ministério, a pasta ressalta que a campanha de vacinação deve
começar "tão logo os imunizantes recebam autorização da Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) - para uso emergencial ou o registro
definitivo".
Na sexta,
o Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz, que desenvolve o imunizante contra a
Covid-19 em parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca e a Universidade
de Oxford, solicitaram à
Anvisa a autorização emergencial de uso da vacina contra a Covid-19.
O prazo estimado pela agência para avaliação do pedido é de até dez dias.
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