A Absolar,
associação que representa o setor de energia solar fotovoltaica no País,
rebateu, ontem, os cálculos divulgados pelo Ministério da Economia e pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), afirmando que são “incompletos” e
que não levam em conta os benefícios da energia solar para a sociedade.
“As análises da entidade apontam que, para cada R$ 1 investido
em sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio portes usados para abastecer
residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, o
setor devolve mais de R$ 3 em ganhos elétricos, econômicos, sociais e
ambientais aos brasileiros”, informou a Absolar em nota.
O Ministério da Economia divulgou estudo em que estima impacto
de R$ 56 bilhões na conta de luz elétrica do brasileiro até 2035 (R$ 34 bilhões
a valor presente) por causa do subsídio à energia solar, que na verdade é a
isenção para os projetos de Geração Distribuída (GD) da tarifa conhecida como
Tusd (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição), que remunera as distribuidoras
de energia pelo uso das linhas de transmissão (custo-fio).
Cálculos
Segundo a Absolar, o cálculo sobre os benefícios da GD foram
feitos com base em investimentos realizados no setor a partir de 2012, levando
em conta o aumento da arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais
decorrentes da geração de novos empregos e renda a partir dos negócios
desenvolvidos.
De acordo com a entidade, esse incremento não foi considerado
pelo Ministério da Economia, tampouco pela Aneel.
Desde 2012 já foram investidos R$ 8,4 bilhões em projetos de
energia solar fotovoltaica no Brasil, que hoje tem potência instalada de cerca
de 1,9 Gigawatts e responde por 0,65% da geração total de energia do País.
No ano passado foram abertos 92 novos postos de trabalho por dia,
segundo a Absolar, que estima em 100 mil o número atual de empregos do setor de
energia solar no País.
Representante de empresas do setor, a Absolar emitiu uma nota na
última quinta (9) afirmando que o Ministério da Economia e a Aneel apresentaram
dados incompletos sobre os impactos dos subsídios da energia solar.
Fonte: Badalo