O
crescimento de 300% estimado em despacho de flores e plantas entre o ano
passado e 2019 fará com que o Grupo Rosas Reijers volte ao mercado
internacional em janeiro do próximo ano ao enviar um milhão de hastes para a
Europa, segundo afirmou o diretor Roberto Reijers. O grupo, o maior produtor do
Ceará e segundo maior distribuidor do Brasil, tem desenvolvido a produção
local, na Serra de São Benedito, e aposta no cenário internacional de câmbio
favorável para voltar a exportar.
"O hub no aeroporto (de
Fortaleza) vai facilitar muito a logística e ajudar a escoar a nossa produção
para a Europa. O dólar também está nos ajudando. Então, eu creio que no ano que
vem o cenário vai ser bem positivo", disse Roberto, ontem (13), em evento
no Mercado das Flores. "Queremos fazer os primeiros embarques já no início
do ano". A última carga da Reijers ao exterior foi há 10 anos.
A empresa espera fechar o ano
de 2019 com um crescimento de 300% nos despachos de flores e plantas, em
relação a 2018. E um crescimento de 25% no faturamento. Até esta semana, já
foram enviadas 26.130 caixas enviadas, sobretudo, para destinos do Norte e
Nordeste.
Além dos despachos, a
produção de flores e plantas no Estado apresentou crescimento acima da média
nacional. Nos últimos quatro anos, a produção brasileira avançou 8% enquanto no
Ceará o incremento foi de 25%. "Claro que o hub ajudará nas exportações,
mas já vem ajudando muito na distribuição no mercado interno", diz
Roberto.
Gargalos
Apesar da melhora dos
resultados e das expectativas, a escassez hídrica ainda é um dos principais
gargalos para o setor da floricultura do Ceará. Além disso, o diretor diz que o
elevado custo dos insumos e a carência de mão de obra qualificada estão entre
os desafios para crescer.
"A carga tributária
atrapalha e o investimento que precisamos fazer para compensar a falta de água
pesa bastante. Somos um setor forte, que gera muitos empregos e oportunidades,
mas não temos políticas públicas com foco em expandir a floricultura no
Estado", diz o diretor.