O presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho
Albuquerque (PDT), em entrevista, ontem, afirmou que o senador Eunício Oliveira
(PMDB) vem ajudando o Ceará e que um possível apoio do peemedebista à reeleição
do governador Camilo Santana (PT) seria bem-vindo. Parlamentares da base
governista já sinalizam simpatia a um acordo no Ceará, o que ainda é rechaçado
por alguns opositores.
Albuquerque disse que todos os partidos estão em
conversação, inclusive aqueles que fazem oposição ao Governo Camilo Santana.
Segundo ele, porém, o fechamento de questão em torno de alianças ficará apenas
para 2018. "Temos um projeto e quem quiser se somar será muito importante
para nós", disse.
O deputado destacou, por exemplo, o empenho que
Eunício Oliveira vem tendo na liberação de empréstimos e recursos para o Ceará.
"O Eunício está ajudando muito o Ceará, e nós já fizemos aliança no
passado com ele. Eu mesmo votei no Eunício para senador", lembrou.
Há algumas semanas, tanto oposição quanto base
aliada demonstravam receio quanto a possibilidade de aliança entre Camilo
Santana e Eunício Oliveira. No entanto, com os últimos movimentos do senador,
pelo menos a base já sinaliza estar menos preocupada com a questão.
De acordo com Carlos Felipe (PCdoB), não há
qualquer restrição pessoal ao partido do senador, até porque ele tem exercido
seu trabalho de forma coerente. O problema, no entanto, é o posicionamento de
Eunício quanto às reformas apresentadas pelo presidente Michel Temer. "A
dificuldade é que a gente faz todo um debate contra o golpe e, de repente,
volta a esse ponto".
Manoel Santana (PT) afirmou que o partido tem
discutido a possibilidade na informalidade e ressaltou que Eunício já disse que
votaria em Lula para presidente. "Acho que essa é uma construção em nível
nacional que pode se repetir muito bem no Ceará. No PT, algumas pessoas podem
ser contra e outras a favor, mas a gente tem que dizer que o PT, no Senado,
aprovou o Eunício como presidente".
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A peemedebista Silvana Oliveira reclamou que,
quando se aliou a Camilo Santana, foi criticada pela legenda, mas destacou que,
para que a eventual aliança não seja prejudicada, é importante o governador e o
senador irem a público expor o alinhamento. "Eu entendo que eles fazem
parte de um projeto para o Ceará, mas esse clima de incertezas pode prejudicar
tudo", disse.
Capitão Wagner (PR) afirmou que a única certeza
que tem é de que não ficará no mesmo palanque que as lideranças da base
governista Ciro e Cid Gomes. "Se alguém do meu partido se aliar, eu saio
do partido. Se não tiver nenhum candidato, eu voto no candidato do PSOL".
Fonte: DN