Uma alegria imensurável tomou conta de muitos militantes do Partido dos
Trabalhadores com a libertação prisional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
silva que deve percorrer todo o Brasil e principalmente o Nordeste brasileiro
com a meta de fortalecer o partido para as eleições municipais que se aproxima.
A meta do ex-presidente é fazer com que o partido eleja o maior número de
prefeitos possíveis, para que o partido volte a figurar como o principal do
país.
Cidades de grande porte e importantes historicamente como é o caso do
triangulo Crajubar ,não podem ficar de
fora do projeto petista, até porque o ex-presidente Lula tem um carinho especial
pela região do cariri.
Participando do 7º Congresso
Nacional do PT, o vereador Pedro Lobo tem no apoio de Lula, além do seu
desempenho parlamentar e apoio do
militantes o passaporte para concorrer ao executivo cratense em 2020.
Discurso de lula:
Esperei
muito tempo para poder falar livremente ao povo brasileiro. Esse dia finalmente
chegou, e minha primeira palavra tem de ser de agradecimento, pela solidariedade,
pelo carinho e pelas manifestações de quem não desistiu de lutar e vai
continuar lutando pela verdadeira justiça.
Durante 580 dias fui
isolado da família, dos amigos e companheiros, apartado do povo, mesmo tendo o
direito constitucional de recorrer em liberdade contra a sentença injusta e
fraudulenta de um juiz parcial. Um direito que somente agora foi proclamado
pelo Supremo Tribunal Federal, para todos, sem
exceção.
Com as armas da verdade e da lei, continuarei lutando para que
os tribunais reconheçam, agora, que fui condenado por quem sequer poderia ter
me julgado: um ex-juiz que atuou fora da lei, grampeou advogados, mentiu ao
país e aos tribunais, antes de desnudar seus objetivos políticos. Lutarei para
que seja anulada a sentença e me deem o julgamento justo que não tive.
Aos 74 anos de idade, não tenho no coração lugar para ódio e
rancor. Mas quem nesse país já sofreu a humilhação de uma acusação falsa, por
causa da cor de sua pele ou por sua origem social humilde, conhece o peso do
preconceito e é capaz de sentir o quanto fui ferido em minha dignidade. E isso
não se apaga.
Nada nem ninguém vai devolver o pedaço arrancado da minha
existência, mas quero dizer que aproveitei esses 580 dias para ler, estudar,
refletir e reforçar meu compromisso com o Brasil e com nosso povo sofrido.
Voltei com muita vontade de falar sobre o presente e principalmente sobre o
futuro do Brasil.
Mas logo depois da minha
primeira fala, de volta ao sindicato onde passei o último momento de liberdade,
disseram que eu deveria ter cuidado para não polarizar o país. Que seria melhor
calar certas verdades para não tumultuar o ambiente político, para o PT não
provocar uma ameaça à democracia.
Vamos deixar uma coisa bem
clara: se existe um partido identificado com a democracia no Brasil é o Partido
dos Trabalhadores. O PT nasceu lutando pela liberdade durante a ditadura. Não
tentem negar essa verdade porque nós apanhamos da repressão, fomos
perseguidos, presos e enquadrados na Lei de Segurança Nacional por defender
essa ideia.
Desde que foi criado, há quase 40 anos, o PT disputou dentro da
lei e pacificamente todas as eleições neste país. Quando perdemos, aceitamos o
resultado e fizemos oposição, como determinaram as urnas. Quando vencemos,
governamos com diálogo social, participação popular e respeito às instituições.
Outros partidos mudaram as regras da reeleição em benefício
próprio. Nós rejeitamos essa ideia, mesmo gozando de uma aprovação que nenhum
outro governo jamais teve, porque sempre entendemos que não se pode brincar com
a democracia.
Não fomos nós que falamos
em fechar o Congresso, muito menos o Supremo, com um cabo e um soldado. Em
nossos governos, as Forças Armadas foram respeitadas e os
chefes militares respeitaram as instituições, cumprindo estritamente o papel
que a Constituição lhes
reserva. Nenhum general deu murro na mesa nem esbravejou contra líderes
políticos.
Não fomos nós que pedimos
anulação do pleito só para desgastar o partido vencedor; que sabotamos a economia do país
para forçar um impeachment sem
crime; que sustentamos uma farsa judicial e midiática para tirar do páreo o
candidato líder nas pesquisas.
Não fomos nós os
responsáveis, ativos ou omissos, pela eleição de um candidato que tem ojeriza à
democracia; que foi poupado de enfrentar o debate de propostas, que montou uma indústria de
mentiras com dinheiro sujo, sob a complacência da mesma Justiça Eleitoral que,
desacatando uma decisão da ONU, cassou
o candidato que poderia derrotá-lo.
São essas pessoas que agora nos dizem para não polarizar o país.
Como se polarização fosse sinônimo de extremismo político e ideológico. Como se
o Brasil já não estivesse há séculos polarizado entre os poucos que têm tudo e
os muitos que nada têm. Como se fosse possível não se opor a um governo de
destruição do país, dos direitos, da liberdade e até da civilização.
Aos que criticam ou temem
a polarização, temos que ter a coragem de dizer: nós somos, sim, o oposto de
Bolsonaro. Não dá para ficar em cima do muro ou no meio do caminho: somos e
seremos oposição a esse governo de extrema-direita que gera desemprego e exige
que os desempregados paguem a conta.
Somos e seremos oposição a
um governo que rasga direitos dos
trabalhadores e reduz o valor real do salário mínimo.
Que aumenta a extrema pobreza e traz de volta o flagelo da fome. Que destrói o meio ambiente.
Que ataca mulheres,
negros, indígenas e a população LGBT; ataca
qualquer um que ouse discordar.
Somos, sim, radicais na
defesa da soberania nacional, da universidade pública e
gratuita, do Sistema Único de Saúde,
público, gratuito e universal. Nós não somos meia oposição; somos oposição e
meia aos inimigos da educação,
da cultura, da ciência e da
tecnologia. Nós não aceitamos mais censura,
tortura, AI-5 e perseguição a adversários políticos.
Andam negando essa verdade científica, mas a Terra é redonda e
nós estamos, sim, em polos opostos: enquanto eles semeiam o ódio, nós vamos
mostrar a eles o que o amor é capaz de fazer por este país.
Companheiras e companheiros,
Já foi dito que o PT nasceu para mudar o Brasil. E mudou. Porque
trazemos na origem o compromisso com os trabalhadores, com os mais pobres, com
os que carregaram ao longo de séculos o peso da exclusão e da desigualdade.
Porque pela primeira vez fizemos um governo para todos os brasileiros e
brasileiras, e isso fez toda a diferença em nosso país.
Se fosse para governar apenas para uma parte da população, o
Brasil não precisaria do PT.
Para o mercado decidir
quem pode e quem não pode se aposentar, quanto vai custar o gás de cozinha, o
combustível, a energia elétrica,
visando somente o lucro, o Brasil não precisaria do PT.
Se fosse para entregar ao
estrangeiro as riquezas naturais, o petróleo, as águas, as
empresas que o povo brasileiro construiu, o Brasil não precisaria do PT.
Se fosse para queimar a
floresta, envenenar a comida com agrotóxicos, deixar
impunes crimes como os de Mariana e Brumadinho, ignorar
desastres como o óleo no litoral do Nordeste, quem
precisaria do PT?
Para o filho do rico
estudar nas melhores universidades do
mundo e o filho do trabalhador ter de largar a escola pra sustentar a família,
o Brasil não precisaria do PT.
Se é para alguns terem
mansão em Miami e muitos viverem debaixo do viaduto; para o rico ficar isento
até do imposto de herança e o trabalhador carregar o peso do imposto de renda,
o Brasil não precisaria do PT.
Para manter a mais escandalosa concentração de renda do planeta
Terra, para o rico continuar cada vez mais rico e o pobre ficar cada dia mais
pobre, aí mesmo é que o Brasil não precisaria do PT.
Porque o maior inimigo do Brasil hoje e desde sempre é a
desigualdade, esse vergonhoso fosso em que 1% da população detém 30% da renda
nacional e para a metade mais pobre sobram 17%, as migalhas de um banquete
indecente.
Mas se este país quer superar a chaga imensa da desigualdade,
recuperar a soberania e o seu lugar no mundo, se quer voltar a crescer em
benefício de todos os brasileiros e brasileiras, o Partido dos Trabalhadores é
mais do que necessário: ele é imprescindível.
Esta é a enorme responsabilidade que estamos recebendo. O Brasil
nunca precisou tanto do PT. E o PT tem de ser grande o bastante para
corresponder ao que o país espera de nós. Tem de estar unido, forte e cada vez
mais conectado com o povo brasileiro.
Temos a responsabilidade de renovar o partido, compreender o que
mudou na sociedade brasileira nesses 40 anos e buscar as respostas para os
novos desafios. Fomos forjados na luta em defesa da classe trabalhadora.
O peso da injustiça recai hoje sobre os motoristas de
aplicativos, os jovens que perdem a saúde e arriscam a vida fazendo entregas em
motos, bicicletas, ou mesmo a pé. Os que não têm a quem recorrer por seus
direitos, porque a única relação de trabalho que conhecem não é a carteira
profissional, mas um telefone celular que ele precisa recarregar
desesperadamente.
Esse é o lugar que resta aos deserdados de um modelo neoliberal
excludente, cada vez mais desumano. Um mundo em que o mercado é deus e em que a
solidariedade deixa de ser um valor universal, substituída por uma competição
individualista feroz.
É com esse mundo novo que o PT precisa dialogar, sem abrir mão
de nossos compromissos históricos, mantendo os pés firmes no presente e mirando
sempre o futuro. Se as formas de exploração mudaram, a injustiça e a
desigualdade permanecem e são cada vez mais cruéis. Temos de estar mais
organizados, mais fortes, conscientes e mais decididos do que nunca a construir
um país mais generoso, solidário e mais justo. É por isso que o Brasil precisa
tanto do PT.
Companheiras e companheiros,
Salvar o país da
destruição e do caos social que este governo está produzindo não é tarefa para
um único partido. Fomos eleitos e governamos em aliança com outras forças do campo
popular e democrático. Por mais que tentem nos isolar, estamos juntos na
oposição com partidos da centro-esquerda e estamos com os movimentos sociais,
as centrais sindicais e
importantes lideranças da sociedade.
Embora tantos tenham cometido erros antes e depois dos nossos
governos, é somente do PT que exigem a autocrítica que fazemos todos os dias.
Na verdade, querem de nós um humilhante ato de contrição, como se tivéssemos de
pedir perdão por continuar existindo no coração do povo brasileiro, apesar de
tudo que fizeram para nos destruir. Preciso dizer algumas verdades sobre isso.
O maior erro que nós cometemos foi não ter feito mais e melhor,
de uma forma tão contundente que jamais fosse possível esse país voltar a ser
governado contra o povo, contra os interesses nacionais, contra a liberdade e a
democracia, como está sendo hoje.
Deveríamos ter feito mais
universidades do que fizemos, mais reforma agrária,
mais Luz Pra Todos, mais Minha Casa Minha Vida,
mais Bolsa Família e
mais investimento público.
Teríamos de ter conversado muito mais com o povo e com os
trabalhadores, conversado mais com os jovens que não viveram o tempo em que o
Brasil era governado para poucos e não para todos.
Também tínhamos de ter
trabalhado muito mais para democratizar o acesso à informação e aos meios de comunicação, apoiado
mais as rádios comunitárias, fortalecido mais a televisão pública, a imprensa regional,
o jornalismo independente na internet.
Antes que a Rede Globo me acuse
outra vez pelo que não disse nem fiz, não ousem me comparar ao presidente que
eles escolheram. Jamais ameacei e jamais ameaçaria cassar arbitrariamente uma
concessão de TV, mesmo sendo atacado sem direito de resposta e censurado como
sou pelo jornalismo da Globo.
Eu sempre disse que jamais
teria chegado onde cheguei se não tivesse lutado pela liberdade de imprensa.
Hoje entendo, com muita convicção, que liberdade de imprensa tem de ser um
direito de todos, não pode ser privilégio de alguns.
Não pode um grupo familiar decidir sozinho o que é notícia e o
que não é, com base unicamente em seus interesses políticos e econômicos.
Entendo que democratizar a
comunicação não é fechar uma TV, é abrir muitas. É fazer a regulação
constitucional que está parada há 31 anos, à espera de um momento de coragem do Congresso Nacional.
É fazer cumprir a lei do direito de resposta. E é principalmente abrir mais
escolas e universidades, levar mais informação e consciência para que as
pessoas se libertem do monopólio.
Enfim, penso que teríamos
de ter lutado com mais vontade e organização, fortalecido ainda mais a
democracia, para jamais permitir que o Brasil voltasse a ter um governo de
destruição e de exclusão social como voltou a ter desde o golpe de 2016.
A autocrítica que o Brasil
espera é a dos que apoiaram, nos últimos três anos, a implantação do projeto
neoliberal que não deu certo em lugar nenhum do mundo, que vai destruir a previdência pública
e que ao invés de gerar os empregos que o povo precisa está implantando novas
formas de exploração.
A autocrítica que a
democracia e o estado de direito esperam é daqueles que, na mídia, no
Congresso, em setores do Judiciário e
do Ministério Público,
promoveram, em nome da ética, a maior farsa judicial que este país já assistiu.
O mundo hoje sabe que, ao
contrário de combater a impunidade e a corrupção, a Lava Jato
corrompeu-se e corrompeu o processo eleitoral e uma parte do sistema judicial
brasileiro. Deixou impunes dezenas de criminosos confessos que Sérgio Moro perdoou
e que continuam muito ricos.
Como podem dizer que
combateram a impunidade se soltaram pelo menos 130 dos 159 réus que ele mesmo
havia condenado? Negociaram todo tipo de benefício com criminosos confessos,
venderam até o perdão de pena que a lei não prevê, em troca de qualquer palavra
que servisse para prejudicar o Lula.
Que ética é essa que condena 2 milhões de trabalhadores, sem
apelação, destruindo empresas para salvar os patrões acusados de corrupção?
Não tem moral, não tem
autoridade para discutir ética quem deu cobertura aos procuradores de Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot quando
eles entregaram a Petrobrás aos tribunais dos Estados Unidos,
um crime de lesa-pátria que já custou quase 5 bilhões de dólares ao povo
brasileiro.
Temos muito o que falar sobre ética, sobre combate à corrupção e
à impunidade. Mas acima de tudo temos que falar a verdade.
Meus amigos e minhas amigas,
Alguns professores de deus
defendem um modelo suicida de austeridade fiscal e redução do estado, que não
deu certo em nenhum lugar do mundo. Tiveram o apoio da mídia e das instituições
para culpar os governos do PT por tudo de ruim que havia no Brasil. Mentiram
que tirando o PT do governo tudo se resolveria, por obra do mercado e do ajuste fiscal.
E os problemas se agravaram ainda mais.
Os indicadores econômicos do Brasil pioraram: a balança
comercial em queda, a economia paralisada, setores da indústria destruídos, o
investimento público e privado inexistente, o rombo nas contas aumentado
irresponsavelmente por razões políticas. O custo de vida dos pobres aumentou e
as pessoas voltaram a cozinhar com lenha porque não podem comprar um botijão de
gás.
É preciso dizer umas verdades sobre isso também.
A primeira delas é que o
Brasil só não quebrou ainda por causa da herança dos governos do PT. Por causa
dos 370 bilhões de dólares em reservas internacionais que acumulamos e querem
queimar na conta dos juros. Por causa dos mercados internacionais que abrimos e
que uma política externa
irresponsável está fechando. Por causa do pré-sal que
descobrimos e que estão vendendo na bacia das almas.
O Brasil só não está passando por uma convulsão social extrema
por causa da herança dos governos do PT. Porque não conseguiram acabar com o
Bolsa Família, último recurso de milhões de deserdados. Porque milhões de
famílias ainda produzem no campo, para onde levamos água, energia, tecnologia e
recursos em nosso governo. E também porque não conseguiram destruir ainda os
sistemas públicos de saúde, educação e segurança, mas fatalmente isso irá
ocorrer pela criminosa política de cortes do investimento público.
Sempre acreditei que o povo brasileiro é capaz de construir uma
grande Nação, à altura dos nossos sonhos, das nossas imensas riquezas naturais
e humanas, neste lugar privilegiado em que vivemos. Já provamos que é possível
enfrentar o atraso, a pobreza e a desigualdade, desafiando poderosos interesses
contrários ao país e ao povo.
Soberania significa independência, autonomia, liberdade. O
contrário é dependência, servidão, submissão. É o que está acontecendo hoje.
Estão entregando criminosamente a outros países as empresas, os bancos, o
petróleo, os minerais e o patrimônio que pertence ao povo brasileiro. Trair a
soberania é o maior crime que um governo pode cometer contra seu país e seu povo.
A Petrobrás está sendo vendida em fatias a suas concorrentes
estrangeiras.
Fiquem alertas os que
estão se aproveitando dessa farra de entreguismo e privatização predatória,
porque não vai durar para sempre. O povo brasileiro há de encontrar os meios de
recuperar aquilo que lhe pertence. E saberá cobrar os crimes dos que estão
traindo, entregando e destruindo o país.
Tão importante quanto defender o patrimônio público ameaçado é
preservar os recursos naturais e nossa riquíssima biodiversidade. Utilizar esse
patrimônio, fonte de vida, com responsabilidade social e ambiental.
Um país que não garante educação pública de qualidade a todas as
suas crianças, adolescentes e jovens não se prepara para o futuro.
Mas parece que enfiaram o Brasil à força numa máquina do tempo e
nos enviaram de volta a um passado que a gente já tinha superado. O passado da
escravidão, da fome, do desemprego em massa, da dependência externa, da
censura, do obscurantismo.
O Brasil precisa embarcar de volta para o futuro. E não tem
ninguém melhor para pilotar essa máquina do tempo do que a juventude desse
país. Porque essa juventude, seja ela branca, negra ou indígena, ela quer
ensino de qualidade, quer adquirir conhecimento, quer de volta as oportunidades
de trabalho digno, sem alienação e sem humilhações.
Essa juventude quer e merece um mundo melhor do que este em que
estamos vivendo.
Hoje me coloco à disposição do Brasil para contribuir nessa
travessia para uma vida melhor, vida em plenitude, especialmente para os que
não podem ser abandonados pelo caminho.
Sem ódio nem rancor, que nada constroem, mas consciente de que o
povo brasileiro quer retomar a construção de seu destino; de que temos de fazer
juntos um Brasil soberano, democrático, justo, em que todos e todas tenham
oportunidades iguais de crescer e sonhar.
O futuro será nosso, o futuro será do Brasil!
Muito obrigado!
Luiz
Inácio Lula da Silva