Morre em Crato A Professora Dona, Cleyde.




Causou consternação a toda sociedade Cratense o falecimento da Professora Cleyde Correia de Oliveira.

O Velório se dará a partir de hoje as 19.30 horas na Capela do Anjo da Guarda, em frente ao Cemitério Nossa senhora da Piedade- Centro Crato-CE.

Amanhã dia 30 às 16 horas missa de Corpo Presente e a seguir o sepultamento do Cemitério do Anjo da Guarda no Barro Branco - Muriti.

Enaltecemos seu histórico de vida, descrevemos que Dona Cleyde Correia de Oliveira era filha de Antônio Correia de Oliveira (proprietário de uma das Padarias mais conhecidas do Crato antigo) e Carmina Correia Lima. Cleyde nasceu em 7 de março de 1919 na Cidade do Crato-CE na Travessa Araripe nº 20.

Nascia, portanto, a primeira neta de José Correia de Lira Cirilo e Ana Maria da Conceição, a primogênita do casal.

Dona Cleyde foi batizada na Igreja de Nossa Senhora da Penha - Sé Catedral pelo Monsenhor Juviniano Barreto, o qual lhe deu nome de Cleyde.

Fez suas primeiras letras com a Professora Mundinha e em seguida na Escola de Vicência Garrido, tendo recebido, a educação nos melhores colégios da cidade, tais como: Escola Santa Inês, Colégio Santa Teresa de Jesus: Curso Secundário Diplomada em 15 de Dezembro de 1936 e o Curso Normal em 18 de Novembro de 1939, sendo Inspetor o Padre Antônio Gomes de Araújo e a Diretora Madre Ana Couto.

Desde pequena tinha muitas habilidades. Gostava de pinturas em telas, bordados e artesanatos em geral. Tendo em vista suas habilidades, obteve Certificado de Habilitação em Confecção de Flores pela professora Cacilda N. da Silva, em 9 de setembro de 1945 e em 1º de dezembro de 1957 recebeu o diploma com o prêmio de Menção Honrosa – Pintura de Gênero Óleo do 1º Salão Cratense de Belas Artes, tendo como Presidente de Honra, o Prefeito Municipal Ossian de Alencar Araripe e Presidente da Comissão Organizadora do Salão o Sr. Amadeu Acioly.

Cleyde foi educada em um ambiente de pessoas religiosas e ouvindo de suas tias, Histórias da Bíblia Sagrada todas as noites e com a idade de 11 anos teve a idéia de comemorar o natal em família, fazendo todos os anos uma lapinha (presépio), que até hoje mantém a tradição e cada ano se torna mais bonita, preservando as mesmas imagens religiosas.

Assim se expressou o Jornalista J. Lindemberg de Aquino:

“Dona Cleyde optou desde sua mocidade pelo magistério e a ele se dedicou de corpo e alma com verdadeiro devotamento e doação. Foram muitos anos em nossas escolas, alfabetizando, formando, educando, orientando com aprumo as sucessivas gerações, que lhe passaram pelas mãos e que hoje muito lhe devem.”

Dona Cleyde, como professora estadual e municipal, ensinou na época do Crato antigo nos seguintes estabelecimentos: Grupo Escolar do Crato Circulo Operário do Crato e Grupo Escolar Dom Quintino e, dentre centenas de alunos, podemos citar: Dr. Raimundo Bezerra de Farias, Luiz Sarmento, Francisco José Pierre (Chico Pierre), Geraldo Saraiva Ribeiro e Dr. Egberto. Posteriormente, foi professora de Artes na Casa de Saúde Santa Teresa e SESC.

Dona Cleyde era viúva do Ex-vereador, “Seu” Mário Correia de Oliveira - proprietário de um dos primeiros postos de gasolina do Crato – Posto Regente – Texaco, local onde hoje é a Prefeitura Municipal do Crato.

Cleyde criou seus filhos Djalma Correia Matos, Rômulo Correia de Oliveira, Antônio Correia de Oliveira Neto, Mário Correia de Oliveira Júnior e Cleide Correia de Oliveira, dentro dos princípios morais e éticos com amor e dedicação.
Dona Cleyde!

Eis, portanto, seu grande legado; ou seja: uma família cidadã, composta além de seus filhos, seus irmãos, irmãs, netos, netas, bisnetos e bisnetas e vários familiares.
Foram mais de 100 anos de vida. Vida vivida de lucidez, altivez, fibra, meiguice, bondade, humildade e formação cristã!

Fonte: Texto de Mário Correia de Oliveira Júnior.