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Cenário Eleitoral: Entre a Teoria da Constituição e a Prática dos Bastidores no Crato

 


Foto: Arquivo Pessoal/ Fábio Lemos Leite/studio.

O processo eleitoral mistura regras constitucionais, como a filiação partidária e a elegibilidade, com as dinâmicas políticas locais de reeleição e negociações de apoios, gerando indefinições na Câmara Municipal cratense.


Cada eleição possui características próprias que podem facilitar ou dificultar o pleito. A reeleição de muitos candidatos, por exemplo, dependerá fundamentalmente do trabalho realizado durante seus mandatos anteriores.


Para os novos postulantes a cargos eletivos, o caminho é árduo. Além da campanha propriamente dita, é preciso conquistar o direito partidário — a legenda de um grupo político disposto a bancar a disputa. A filiação a um partido é o primeiro passo obrigatório para quem deseja entrar na política.


Embora o Brasil viva em um estado democrático de direito, nem sempre os preceitos são respeitados, e a retórica política muitas vezes se sobrepõe à transparência, o que gera críticas sobre a falácia e a demagogia no discurso de alguns agentes públicos.


A base de todo o processo é a Constituição Federal de 1988, que, em seu artigo 14, estabelece os direitos de cidadania, sufrágio universal e as condições de elegibilidade e inelegibilidade, garantindo o direito de votar e ser votado. O texto constitucional detalha idades mínimas, filiação partidária obrigatória e regras para a reeleição de chefes do Executivo.


A Prática: Apadrinhamento e Busca pelo Poder


Apesar das normas claras, a realidade mostra que o "apadrinhamento eleitoral partidário" é crucial. Mesmo com o interesse em se filiar, muitos partidos criam barreiras, aceitando apenas quem lhes interessa ou deixando os novatos na militância, salvo exceções de nomes famosos ou com popularidade prévia que possam atrair votos de legenda. A busca pelo poder fala mais alto do que o perfil ou a identificação com as diretrizes partidárias na maioria dos municípios.

Bastidores Políticos do Crato


No âmbito local, os bastidores políticos do Crato estão agitados com fortes negociações entre pré-candidatos que buscam a reeleição e futuras dobradinhas entre deputados estaduais e federais.


Há indefinições no cenário cratense, com ajustes pendentes em acordos que precisam ser esclarecidos com seriedade e factualidade. Embora nomes ainda não sejam citados publicamente, é sabido que muitos vereadores já estão comprometidos com determinados pré-candidatos.


Entre os 19 vereadores da casa legislativa do Crato, o cenário para deputado federal já está dividido: aproximadamente nove vereadores fecharam com um mesmo candidato, três com outro, cinco com um terceiro e dois com um quarto pré-candidato.


A disputa para deputado estadual parece ainda mais complexa. Fontes ligadas aos parlamentares indicam que o legislativo deve se dividir entre cinco nomes, com a possível entrada de "paraquedistas" (candidatos de fora) que podem engrossar a lista para até nove nomes. O tempo dirá o desfecho dessas articulações, que envolvem figuras já conhecidas na disputa por vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Mas a vereador que podem pintar com futuros candidatos, como é o caso do vereador Tiago Esmeraldo PP, atualmente suplente de deputado federal e o vereador Tiago Gomes União, que já menciounou uma possivel pré-candidatura a Assembleia Legislativa.

 

 


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