Três caças russos violaram o
espaço aéreo da Estônia e foram interceptados pela Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan) nesta sexta-feira (19). A ação, classificada pela União
Europeia como uma "provocação extremamente perigosa", ocorreu sobre o
Golfo da Finlândia durante 12 minutos.
O incidente aconteceu dias
após a Polônia e Romênia, também membros da Otan, denunciarem invasões aéreas
da Rússia.
"A Rússia já violou o
espaço aéreo estoniano em quatro ocasiões este ano, o que por si só é
inaceitável. Mas a incursão de hoje, da qual participaram três aviões de
combate [...], é de uma audácia sem precedentes", afirmou o chefe da
diplomacia estoniana, Margus Tsahkna.
"Este tipo de ato não
pode ser tolerado e deve ser sancionado com medidas políticas e econômicas
rápidas", acrescentou o chanceler no X.
A Rússia ainda não se
pronunciou sobre a invasão ao território adversário.
Reunião de emergência
A invasão ao espaço aéreo da
Estônia motivou uma solicitação de reunião de emergência da Otan, baseada no
artigo 4 do tratado, sobre os países em risco à "sua integridade
territorial, independência política ou sua segurança".
Diversos países da Otan e da
UE registram incidentes aéreos desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia,
em fevereiro de 2022.
O presidente ucraniano,
Volodimir Zelensky, acusou a Rússia de expandir sua "atividade
desestabilizadora" com as incursões em espaços aéreos e pediu uma resposta
"contundente".
"Não são acidentes. É uma
campanha sistemática da Rússia contra a Europa, contra a Otan, contra o
Ocidente", disse Zelensky.
Já o secretário-geral da Otan,
o holandês Mark Rutte, destacou que houve uma resposta "rápida e
decisiva" das patrulhas da aliança militar.
Para interceptar os caças
russos foram mobilizados três F-35 da Itália.
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