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Tiago Leifert e Daiana Garbin sobre câncer ocular da filha, Lua: 'Chegamos tarde ao diagnóstico e ao tratamento'

 

Lua, Daiana Garbin e Tiago Leifert — Foto: Reprodução Instagram


Casal relembra diagnóstico da filha, fala sobre rotina com a campanha De Olho nos Olhinhos e revela sonho de zerar óbitos por retinoblastoma no Brasil.

 

Tiago Leifert, de 45 anos de idade, e Daiana Garbin, de 42, abriram o coração em conversa com a Quem, sobre o diagnóstico de retinoblastoma, câncer ocular, da filha Lua, de 4, e sobre como a experiência pessoal os levou a transformar dor em missão. O casal está à frente da campanha De Olho nos Olhinhos, que chega à quarta edição em 2025 e já impactou mais de 150 milhões de pessoas em todo o Brasil.

 

Entre emoção e responsabilidade, Tiago e Daiana destacam que tudo começou com um diagnóstico tardio. “Chegamos tarde ao diagnóstico e ao tratamento, o caso da Lua era bem avançado quando descobrimos. Nós não tínhamos a consciência de que existia o retinoblastoma e nem que todo bebê tem que ir ao oftalmo com 6 meses para uma consulta de rotina. Por isso criamos a campanha: para alertar outros pais”, lembra Daiana.

 

Tiago completa: “Entre os primeiros sintomas e a consulta que cravou o diagnóstico, nós perdemos bastante tempo. Por pura ignorância, mesmo. E quando eu falava que tinha algo errado, todo mundo me dizia que era normal, que ia passar ou que eu estava exagerando”.

 

Com a missão de evitar que outras famílias passem pelo mesmo, eles reforçam o alerta para os sinais. “Oftalmologista imediatamente. Se não tiver oftalmo na cidade, avisa o pediatra. Se não tiver pediatra, corre num postinho e conversa com o médico da família”, recomendam os dois.

 

A repercussão da campanha impressiona o casal, mas também mostra o tamanho do desafio. “A gente se emociona, mesmo. Mas também a cada dia somos lembrados que ainda tem muito trabalho a fazer. Os casos de retinoblastoma continuam chegando avançados e isso diminui a chance de cura”, destaca Tiago.

 

Já Daiana valoriza cada momento vivido em família após tudo que passaram. “Aprendemos, de uma forma muito difícil, que a vida é rara, que não controlamos a maior parte do que acontece e que ter nossos filhos e as pessoas que amamos com saúde é uma bênção. Hoje eu celebro cada momento. Levar a Lua na escola é uma bênção, ver a casa bagunçada de brinquedos e os vidros das janelas cheios de adesivos é emocionante, é uma felicidade, porque eu poderia não estar vivendo isso!”, diz.

 

Tiago Leifert e Daiana Garbin. — Foto: @sidnei_fotografo

A repercussão da campanha impressiona o casal, mas também mostra o tamanho do desafio. “A gente se emociona, mesmo. Mas também a cada dia somos lembrados que ainda tem muito trabalho a fazer. Os casos de retinoblastoma continuam chegando avançados e isso diminui a chance de cura”, destaca Tiago.

 

Apesar da pouca idade, Lua já aparece nos bastidores da missão dos pais. “Sim, atrapalhando todas as reuniões (risos)”, brinca Tiago. Daiana acrescenta: “A gente faz questão que ela viva a vida de uma criança de 5 anos. No dia da campanha ela fica em casa brincando, é o que a gente acredita ser o melhor para ela”.

 

O casal revela que o sonho grande é ousado, mas possível. “Cada ano é um passo em direção aos grandes sonhos. O principal deles é tentar zerar o número de óbitos relacionados ao retinoblastoma”, afirma Daiana. “Para zerar óbitos a gente precisa que o diagnóstico seja rápido, e para isso a gente precisa que todo mundo fique de olho nos olhinhos”, avisa Tiago.

 

 







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