Nutricionista Flávia Garcia
Flávia Garcia diz que muitas
vezes exames bioquímicos convencionais não conseguem detectar a presença de
parasitas
As verminoses ainda são um
problema de saúde pública no Brasil e podem impactar diretamente a absorção de
nutrientes, levando a quadros de deficiência nutricional, fadiga, imunidade
baixa e até desnutrição.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta
que os parasitas são um grave problema de saúde pública global, afetando
bilhões de pessoas, principalmente através de infecções intestinais e doenças
transmitidas por alimentos.
A nutricionista Flávia Garcia,
especialista em nutrição integrativa, explica a importância de identificar
sinais clínicos e adotar a desparasitação como medida de prevenção e
tratamento. A especialista também explica que muitas vezes os exames bioquímicos
convencionais não conseguem detectar a presença de parasitas, mas os sinais
clínicos dão pistas importantes.
“Um dos sintomas mais comuns é
a deficiência de vitaminas do complexo B, especialmente B12 e B9, além da
vitamina D, selênio e zinco. O paciente não consegue fazer a absorção
necessária devido à presença de parasitas intestinais, o que ocasiona cansaço físico
e mental, fadiga crônica e imunossupressão”, explica a nutricionista.
Segundo a especialista em
desparasitação, os parasitas competem diretamente com o organismo pelos
nutrientes ingeridos. “Eles retiram do hospedeiro os nutrientes necessários
para sua reprodução, alteram as funções fisiológicas e intoxicam o metabolismo.
Isso afeta a absorção de macro e micronutrientes, principalmente em pacientes
que nunca fizeram uma desparasitação na vida”, alerta.
Parasitas dificultam a
absorção de vitaminas e minerais
Parasitas como giárdia,
lombriga humana e tênias dificultam a absorção de vitaminas e minerais e, em
casos mais graves, podem até obstruir a parede intestinal. “A anemia crônica,
por exemplo, está diretamente relacionada ao ascaris lumbricoide, popularmente
conhecido como lombriga, que consome nutrientes essenciais para a produção de
sangue, além de provocar obstruções intestinais”, explica Flávia.
A especialista destaca que a
desparasitação pode ser feita em crianças a partir de 2 anos com uso de
frequências e em crianças a partir de 5 anos com tinturas naturais específicas.
Adultos em geral também podem realizar o tratamento, sempre com acompanhamento
profissional.
“É contraindicado para
gestantes, lactantes e pacientes oncológicos, a depender do estágio da doença.
Durante a eliminação dos parasitas, toxinas são liberadas, e alguns efeitos
colaterais podem ocorrer, por isso a orientação de um profissional é essencial”,
ressalta.
A melhora na absorção de
nutrientes é um dos principais ganhos. “Após a desparasitação, o intestino
recupera sua capacidade de absorver melhor vitaminas e minerais, o metabolismo
energético melhora e a regeneração celular é favorecida, refletindo em mais
energia, disposição e vitalidade”, afirma.
Cuidado nutricional
O cuidado nutricional após a
desparasitação também é fundamental. “O foco deve estar em alimentos funcionais
ricos em vitamina C, proteínas de qualidade, vegetais e boa hidratação. Sempre
excluímos os ultraprocessados, principalmente os ricos em açúcar”, orienta a
nutricionista.
Crianças e populações em
vulnerabilidade social estão mais expostas aos impactos das verminoses. “As
crianças estão em fase de crescimento e necessitam de muito ferro, proteínas e
vitaminas. Já populações sem acesso a saneamento básico e água limpa entram em
um ciclo de má nutrição que favorece a proliferação dos parasitas”, explica.
Flavia reforça que a prevenção
passa por hábitos simples, mas essenciais: “A desparasitação deve ser feita ao
menos uma vez por ano. Além disso, é fundamental garantir água de qualidade,
higienizar frutas e verduras corretamente, cozinhar bem os alimentos e evitar
alimentos crus de procedência duvidosa. Sempre que possível, prepare o próprio
alimento com cuidado”, orienta.
Para a nutricionista, cuidar
da saúde intestinal é sinônimo de cuidar da imunidade: “Nossa imunidade começa
no intestino. Se há presença de parasitas, é impossível fortalecê-la
plenamente”, conclui.
Texto: LD Comunicação
Postar um comentário