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Justiça do Ceará condena hospital e funerária por troca de corpos no Crato

 

Foto Reprodução

A Justiça do Ceará determinou que uma dona de casa do Crato seja indenizada em R$ 10 mil após ter o corpo do pai trocado por engano entre um hospital e uma funerária. O caso aconteceu em agosto do ano passado e resultou no atraso do sepultamento, causando ainda mais sofrimento aos familiares.

Entenda o caso

No dia 7 de agosto de 2023, o pai da mulher faleceu a caminho de Fortaleza. O corpo foi encaminhado ao Hospital e Maternidade São Francisco de Assis, administrado pela Sociedade Beneficente São Camilo. Por engano, a unidade entregou o corpo à funerária Afagu, contratada para recolher outro paciente que também havia falecido no mesmo dia.

A funerária realizou o procedimento de conservação (tanatopraxia) e entregou o corpo à família errada, que percebeu o erro e o devolveu ao hospital. A confusão atrasou a liberação correta dos restos mortais e impediu a realização do velório previsto.

Inconformada, a filha acionou o Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca do Crato.

Decisão judicial

No último dia 5 de agosto, o juiz Ângelo Bianco Vettorazzi condenou, de forma solidária, a Sociedade Beneficente São Camilo e a Afagu Serviços Ltda. ao pagamento da indenização por danos morais.

Segundo a decisão, a falha “agravou a dor dos familiares em momento de extrema vulnerabilidade, impedindo-os de viver o luto plenamente e de se despedirem adequadamente do ente querido”.

O magistrado destacou ainda que a troca de corpos configura “grave falha na prestação do serviço” e que os responsáveis não conseguiram comprovar a regularidade no procedimento de identificação, motivo pelo qual precisaram adotar novos protocolos após o ocorrido.

O que dizem as empresas

Em nota, o Hospital e Maternidade São Francisco de Assis afirmou que respeita a decisão judicial e irá arcar com o valor da indenização. A instituição disse que o corpo estava identificado, mas houve falha na conferência da documentação no momento da retirada pela funerária.

O hospital informou ainda que reforçou os protocolos de segurança nos procedimentos pós-óbito para evitar novos episódios.

A reportagem entrou em contato com a Afagu Serviços Ltda. e aguarda resposta.

 

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