Ex-prefeito José Ailton Brasil esclarece através de nota emitida a população os fatos dos investimentos feitos em fundos que estão causando prejuízos ao Crato. 31 Milhões é o valor total que saiu do PREVICRATO, segundo nota.


 Foto: FBL 

Se tem uma coisa que não dá para falar é da postura, preocupação e da seriedade que o ex-prefeito José Ailton Brasil teve em quanto gestor municipal do Crato, principalmente no cuidado com o dinheiro do Servidor Público. Mas, diante de toda celeuma envolvendo os últimos tempos com esta situação, o ex-prefeito José Ailton Brasil emitiu uma nota oficial a população cratense, descrevendo a real situação destes investimentos e explicitando outras situações inverídicas causadas pela repercussão, destes investimentos de risco feitos em gestão anterior a sua.

 

Segue nota na integra:

 

NOTA À POPULAÇÃO CRATENSE

 

 

Venho por meio da presente dirigir-me à População Cratense, que generosamente me proporcionou a honrosa missão de administrar os destinos desta terra abençoada por Deus nos últimos 08 (oito) anos, de 01 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2024.

 

Em especial, direciono-me também aos Servidores Públicos Municipais de Crato, especificamente as categorias de profissionais efetivos, os quais com afinco e amor acendrado aos seus misteres, contribuíram enormemente para que alcançássemos êxito em nossa missão à frente do Paço Municipal.

 

Nos últimos dias, acendeu-se em nosso Município por meio do Sindicato Representativo dos Servidores Efetivos Municipais, da Imprensa Regional, das redes sociais e até mesmo da oposição local (a qual não perde uma oportunidade para fazer politicagem e tentar auferir dividendos eleitoreiros), a “problemática das temerárias aplicações financeiras de parte significativamente considerável do patrimônio do Fundo de Previdência Social do Município do Crato em fundos de investimentos duvidosos que geraram prejuízo de monta ao PREVICRATO”.

 

Inicialmente, registro que referidas aplicações financeiras se deram nos meses de junho e julho de 2016, antes mesmo do registro de minha candidatura ao Paço Municipal nas eleições municipais daquele ano, e assim estão dispostas:

 

       Fundo de Investimento em Participações Cais Mauá do Brasil Infraestrutura, CNPJ nº 17.213.821/0001-09;

Aporte inicial de R$ 3.000.000,00, efetuado em 28/07/2016;

 

       Fundo de Investimento Sicília Renda Fixa Longo Prazo, CNPJ nº 17.213.849/0001-46;

Aportes realizados em 13/06/2016 e 24/06/2016, totalizando R$ 12.000.000,00;

 

       Rhodes Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Renda Fixa Longo Prazo, CNPJ nº 20.073.335/0001-47;

Aporte inicial de R$ 13.000.000,00, em 13/06/2016;

 

       Fundo de Investimento Multimercado Oslo, CNPJ nº 17.412.812/0001-47;

Aporte de R$ 3.000.000,00, em 29/07/2016.

 

O montante total investido pelo PREVICRATO nesses fundos, repito em junho e julho de 2016, alcançou a cifra de R$ 31.000.000,00 (trinta e um milhões de reais), e aludidas aplicações financeira foram autorizadas de forma unânime em 01 de junho daquele ano pelo Comitê de Investimentos do mencionado Regime Próprio de Previdência Social do Município de Crato, que detêm entre seus membros, além de representantes da Administração e da Câmara Municipal, representantes da própria categoria de servidores municipais.

 

Ressalte-se que referidos fundos financeiros, direta ou indiretamente, direcionaram recursos para a empresa Cais Mauá S.A., por meio de estruturas em cascata – isto é, uma sucessão de fundos que investiam uns nos outros, até que os recursos fossem concentrados no FIP Cais Mauá do Brasil Infraestrutura, responsável por aportes significativos na referida sociedade operacional.

 

Ao tomarmos conhecimento de mencionada problemática que herdamos da gestão administrativa que nos antecedeu, passamos a acompanhar com rigor técnico e jurídico todos os desdobramentos dessas aplicações, e após a liquidação, falência dos aludidos fundos e diante de indícios de irregularidades levantados em investigações conduzidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM e pela Polícia Federal, decidimos adotar as providências legais cabíveis ao mencionado caso.

 

Neste contexto, determinamos a administração do PREVICRATO que ingressasse judicialmente com as ações pertinentes, ajuizando-se em 14/07/2023, a competente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR DE INDISPONIBILIDADE DE BENS de nº 0801398-08.2023.4.05.8102, cujo valor da causa monta o importe de R$ 63.618.522,59 (sessenta e três milhões, seiscentos e dezoito mil, quinhentos e vinte e dois reais e cinquenta e nove centavos), a qual tramitou na 16ª Vara da Justiça Federal do Ceará, sendo que o referido Juízo Federal declinou da competência do processamento em face da 2ª VARA CÌVEL DA COMARCA DE CRATO-CE, por meio do PJe/TJCE n° 0010656-52.2023.8.06.0071, encontrando-se a tramitação processual deste atualmente suspensa em face de recurso de Agravo de Instrumento no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (processo n° 0810561-68.2023.4.05.0000); tudo com o objetivo exclusivo de se buscar a reparação dos prejuízos causados a Previdência Municipal, assim como a responsabilização dos agentes envolvidos nos fundos de investimentos em questão.

 

Saliento ainda, que o vultuoso prejuízo financeiro ocasionado ao PREVICRATO fora originado por decisões temerárias da Gestão Municipal 2013-2016, da qual o candidato derrotado nas últimas eleições municipais, que tenta a todo custo tirar proveito político do aludido prejuízo da Previdência Própria do Município e da aflição dos Servidores Municipais, fez parte (15.01.2013 a 14.10.2014) segundo Portal da Transparência dos Municípios (TCE-CE), é parente do Gestor Municipal daquele quadriênio, além de ter recebido irrestrito apoio político deste na sua caminhada eleitoral infrutífera nas últimas eleições municipais de 2024.

 

Por fim, assevero que durante a minha gestão à frente da municipalidade, tratei com lisura e responsabilidade a administração do patrimônio do PREVICRATO, não autorizando nenhum investimento temerário e nenhuma aplicação financeira de risco, nem tomei decisão ou pratiquei qualquer ato ou ação que colocasse em risco por mínimo que seja qualquer dividendo patrimonial da Previdência Própria dos Servidores Municipais; pelo contrário, assim que tomei conhecimento da problemática, determinei prontamente a adoção das medidas judiciais cabíveis.

 

Coloco-me à disposição dos segurados, da sociedade e dos órgãos de controle para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais que por ventura se façam necessários, ao tempo em que permaneço na torcida para que as referidas ações judiciais impetradas logrem êxito e reparem o prejuízo atualmente verificado na Previdência dos Servidores Municipais do Crato.

 

 

Crato – CE, 11 de julho de 2025.

 

 

JOSÉ AILTON DE SOUSA BRASIL

Ex-Prefeito Municipal (2017-2024)


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