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Foto Reprodução |
Interlocutores próximos ao
presidente Luiz Inácio Lula da Silva
defendem que o governo imponha um ultimato ainda neste semestre para que
partidos do Centrão e seus ministros definam se apoiarão a reeleição de Lula em
2026. A ideia passou a ser discutida com mais força nos últimos dias no Palácio
do Planalto.
Segundo fontes do governo, o
objetivo é evitar que ministros de partidos do Centrão continuem ocupando
cargos estratégicos, ganhem musculatura política até 2025 e, no ano eleitoral,
migrem para a oposição. A maior cobrança recairá sobre ministros do PP, PSD,
União Brasil e Republicanos.
A avaliação é que o MDB —
embora também integre o Centrão — tem demonstrado mais propensão a permanecer
aliado de Lula em uma eventual disputa pela reeleição.
Na reunião ministerial de
janeiro, o próprio presidente já havia sinalizado que espera lealdade política
de seus auxiliares de primeiro escalão. No entanto, líderes do Centrão enviaram
recados ao Planalto dizendo que o apoio ao governo está limitado à pauta do
Congresso em 2025, sem qualquer compromisso automático com a campanha de 2026.
“É preciso definir ainda neste
semestre quem estará com Lula em 2026. Caso contrário, não dá para [um
ministro] ficar dentro do governo já de olho na oposição”, disse ao blog um
ministro próximo ao presidente.
Com a ministra Gleisi Hoffmann agora
à frente da Secretaria de Relações Institucionais, a expectativa no Planalto é
de que a cobrança por fidelidade seja mais firme do que no período de Alexandre
Padilha, que foi deslocado para o Ministério da Saúde.
Até o momento, os presidentes
do PP, senador Ciro Nogueira, e do PSD, Gilberto Kassab, já afirmaram
publicamente que seus partidos não têm compromisso com a reeleição de Lula.
Fonte G1
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