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| Foto: Reprodução |
O ministro Flávio Dino, do
Supremo Tribunal Federal, determinou que o governo federal, os estados da
Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e
Tocantins) e os estados que abrigam o bioma do Pantanal (Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul) “apresentem planos emergenciais de ação educativa e de conscientização
sobre o manejo integrado do fogo.”![]()
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Conforme o despacho do
ministro, os planos emergenciais devem estar adequados à Política Nacional de
Manejo Integrado do Fogo (Lei 14.944/2024) e “devem abranger ações de
publicidade e de mobilização social, objetivando a ampla participação dos
empresários e da sociedade civil.”
Quinze dias antes do prazo
para os planos emergenciais, Dino quer que o governo federal e os estados
“atualizem as informações relativas às investigações policiais e às sanções
administrativas relacionadas especificamente aos incêndios florestais ilícitos
ocorridos no ano de 2024”.
Na percepção do ministro é
necessário que o poder público, assim como o setor privado, se mobilizem para
que o país não passe em 2025 por algo similar aos incêndios de 2024,
"uma vez que isto configuraria descumprimento de deveres jurídicos
assumidos pelo Brasil no âmbito de pactos internacionais, bem como violação ao
disposto no Artigo 225 da Constituição Federal.”
Flávio Dino é relator da
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 743 proposta
pelo PSol para o STF avaliar a violação de direitos decorrentes da poluição,
perda de biodiversidade e mudanças climáticas.
Devastação
De acordo com a ferramenta
“monitor do fogo” do projeto MapBiomas, mais de 30,8 milhões de hectares foram
queimados no Brasil entre janeiro e dezembro de 2024, uma área maior que todo o
território da Itália. O volume representa um crescimento de 13,6 milhões
de hectares de área queimada – 79% acima do registrado em 2023.
A Amazônia foi o bioma mais
afetado: 17,9 milhões de hectares queimados ao longo de 2024. O Cerrado teve
9,7 milhões de hectares queimados e o Pantanal sofreu com queimadas em uma área
de 1,9 milhão de hectares – um terço disso somente no mês de agosto (648.796
hectares)
O MapBiomas detalha que três
em cada quatro hectares queimados (73%) foram de vegetação nativa,
principalmente em formações florestais, que totalizaram 25% da área queimada no
país. Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens se destacaram, com 6,7 milhões
de hectares queimados entre janeiro e dezembro do ano passado.
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