Foto: Reprodução |
Na reinauguração da sede do
Tribunal de Justiça do Ceará, um detalhe passou despercebido por muitos: a
mudança de nomenclatura do prédio. O antigo “Palácio da Justiça” agora se
chama “Sede Judiciária”, sendo mantida a homenagem ao Desembargador Júlio
Carlos de Miranda Bezerra. A alteração pode parecer sutil, mas tem um propósito
simbólico relevante, apurou esta Coluna com a Presidência da Corte.
O prédio, localizado no Centro
Administrativo do Cambeba, passou por uma ampla reforma após o incêndio que, em
setembro de 2021, destruiu parte da estrutura e comprometeu o funcionamento de
setores importantes. A reabertura do espaço, modernizado, pode simbolizar
não apenas a recuperação física do Tribunal.
O presidente do
TJCE, desembargador Abelardo Benevides, diz que sempre evitou usar o termo
“palácio”. Para ele, a nomenclatura remete a um distanciamento entre o
Judiciário e a população. A escolha da nova denominação segue essa lógica:
aproximar a Justiça dos cidadãos, tornando-a menos encastelada e mais
acessível.
A iniciativa reforça uma
reflexão importante. Mais do que mudanças simbólicas, porém, é fundamental que
o serviço prestado à população seja ágil e eficiente. No caso da Justiça, há um
princípio básico: quando tarda, falha.
O Judiciário — assim como todo
o setor público — deve estar cada vez mais aberto, transparente e, sobretudo,
funcional. A mudança simbólica só atinge o seu objetivo se, na essência, a
prestação do serviço acompanhar esse espírito de transformação.
Fonte: Diário do Nordeste
0 Comentários