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Uma pesquisa
recente realizada pela Quaest mostrou que 75% dos entrevistados
aprovam a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil
mensais.
A medida, anunciada
pelo Ministério da Fazenda ao fim de novembro, e que ainda depende de
aprovação do Congresso Nacional para começar a valer a partir de 2026, tem alto
índice de aprovação tanto por eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) quanto por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mas um estudo realizado pelo
Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São
Paulo (Made-USP), divulgado em primeira mão pela BBC News Brasil, mostra que a
mudança, de forma isolada, favorece grupos já privilegiados do país: homens,
pessoas brancas e moradores do Sul e Sudeste.
Com isso, ela aprofundaria
as desigualdades
socioeconômicas, em vez de reduzi-las, indo na contramão da promessa de
Lula, feita em
seu discurso de posse, de priorizar no seu terceiro mandato a redução de
desigualdades.
"É realmente necessário
que essa medida de isenção do Imposto de Renda entre dois salários mínimos e R$
5 mil seja coordenada com o aumento da
tributação no topo", alerta Luiza Nassif Pires, diretora do Made-USP e
uma das autoras do estudo, ao lado dos pesquisadores Amanda Resende e João
Pedro Gomes.
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