Petrobras quer criar joint venture no setor de etanol

 

Foto: Reprodução

Apostando no potencial de combustíveis com menor impacto ambiental, a Petrobras avalia criar uma joint venture para produzir e comercializar etanol. Conforme o diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Mauricio Tolmasquim, a estatal já sonda grande produtores de álcool para ir adiante com a parceria, no entanto ele prefere não citar nomes ou prazo para que o empreendimento saia do papel, só adianta que a intenção é ser “rapidamente”.

Sobre a possível localização da produção do etanol, o dirigente argumenta que deverá depender da matéria-prima utilizada. Se for o milho, crescem as chances da região Centro-Oeste do País, se for aproveitada a cana-de-açúcar, o lugar escolhido deverá ser no estado de São Paulo. “É um negócio bem atrativo economicamente”, assinala o diretor.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, recorda que a companhia entrou no setor do etanol na década de 1970, acompanhando o surgimento do programa Proálcool, contudo atualmente não produz mais esse biocombustível. “E o etanol hoje é o principal competidor da gasolina”, enfatiza a executiva. Magda e Tolmasquim participaram nesta sexta-feira (22) de apresentação do Plano de Negócios 2025-2029 da empresa, que prevê investimentos de US$ 111 bilhões nesse período. O segmento de Exploração e Produção (E&P) de petróleo é o que deverá receber a maior parte do aporte: US$ 77,3 bilhões.

Para a área de Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC), serão destinados US$ 19,6 bilhões, representando um aumento de 17% em relação ao plano anterior. Os investimentos em refino visam, principalmente, a aumentar a capacidade do parque da Petrobras, ampliando a oferta de produtos de alta qualidade, como Diesel S10 e lubrificantes, e de combustíveis de baixo carbono. Também buscam melhorar a eficiência das unidades, avançando na descarbonização das operações e no incremento da disponibilidade operacional.

A Petrobras elevará a capacidade de produção de Diesel S10 em 290 mil barris por dia em seu parque de refino, considerando os projetos da carteira de implantação, e contará com sua primeira unidade de lubrificantes Grupo II (mais modernos), com capacidade de 12 mil barris por dia até 2029. Além disso, com projetos na carteira de avaliação, há potencial de adicionar capacidade de produção de Diesel S10 em mais 70 mil barris por dia para além de 2029.

No âmbito do programa BioRefino, a companhia planeja ofertar produtos de baixo carbono, com menor emissão de gases de efeito estufa (GEE), sendo protagonista na transição energética e atendendo à demanda crescente por renováveis. Por meio do programa, a Petrobras ampliará sua capacidade de produção do Diesel R5 (com 5% de conteúdo renovável), por rota de coprocessamento, integrado com as operações de algumas unidades de seu parque de refino. O plano de negócios da Petrobras ainda faz menção à avaliação do projeto de biorrefino em parceria com a Refinaria Riograndense (antiga Ipiranga), empresa da qual a estatal é sócia e que tem seu complexo localizado no município gaúcho de Rio Grande.

Fonte: Jornal do Comercio

Postar um comentário

0 Comentários