Família busca ajuda para Lorena, que enfrenta câncer raro

 

Foto: Reprodução

A pequena Lorena Machado de Barros, hoje com 7 anos, nasceu em abril de 2017, saudável e ativa. Porém, aos 5 anos, sua rotina mudou. Em 2022, após dores de cabeça persistentes e uma alteração na pálpebra, exames revelaram um tumor cerebral de 3,8 cm. Com o apoio de familiares e amigos, Lorena passou por quimioterapia, enfrentou sequelas e, durante algum tempo, conseguiu levar uma vida próxima ao normal. Contudo, neste ano, a doença retornou com força, levando a menina à perda total da visão e à necessidade de novos tratamentos. A família, de São Bernardo, agora busca recursos para pagar o tratamento, com uma campanha de arrecadação e uma corrida para auxiliar a criança. 

A mãe de Lorena, Gislene Machado Gomes, 45, relembra os primeiros sinais da doença e descreve o impacto na vida de toda a família. “No dia 1º de junho de 2022, ela teve a primeira dor de cabeça e a escolinha me chamou. Até então, eu nunca tinha passado uma noite no hospital com a Lorena. Ela sempre teve uma saúde muito boa”, conta. 

Mesmo preocupada com a gravidade da situação, a família não desistiu. Após a realização de biópsias e consultas com especialistas, o diagnóstico inicial de um tumor teratóide rabdóide – altamente agressivo – foi corrigido para cordoma clival, condição rara e de tratamento complexo.

Diante das limitações do convênio médico, a família procurou auxílio no Itaci (Instituto de Tratamento do Câncer Infantil), onde Lorena iniciou um tratamento mais específico. A complexidade do cordoma clival, localizado na base do crânio e rodeado por áreas vascularizadas, tornou arriscada a retirada total do tumor. 

“Foi uma cirurgia bem complexa; demorou de seis a sete horas. Após o procedimento, o tumor havia reduzido para menos de um centímetro”, relata a mãe da menina. 

Após uma série de 38 sessões de radioterapia, o tumor diminuiu significativamente, permitindo a Lorena retomar atividades simples como brincar e desenhar, ainda que sob constante supervisão médica.

No entanto, em 2024, o tumor voltou a crescer, atingindo novamente quatro centímetros. Como consequência, Lorena perdeu a visão e viu sua vida social e escolar interrompidas. A família segue acompanhando o caso com o Itaci, onde médicos recomendam quimioterapia oral com medicação experimental para o caso. “Tenho uma menina de 7 anos em casa que não enxerga e não consegue andar direito por conta do tumor”, desabafa a mãe. 

Com os recursos esgotados e a rotina alterada, ela precisou deixar o trabalho na área da saúde para cuidar da filha em tempo integral.

ARRECADAÇÃO

Para lidar com a situação, a família lançou uma campanha de arrecadação. Com a ajuda financeira, espera continuar com os cuidados clínicos necessários, incluindo consultas com hematologistas e tratamentos paliativos que busquem garantir qualidade de vida a Lorena. A vaquinha virtual, no pix ajudalorena17@gmail.com e uma página no Instagram – @lorenamb2017 – foram criadas para compartilhar atualizações e centralizar as doações. Por meio delas também é possível fazer inscrição na corrida, que será realizada em 1° de dezembro. Cada contribuição é destinada aos tratamentos da criança, como com o hematologista, que realiza acompanhamento clínico, além de supervisionar a quimioterapia oral.

Apesar das dificuldades, a mãe se mantém firme na busca pelo melhor para a filha. “Ela não está indo à escola, não tem vida social, não desenha mais, algo que ela gostava de fazer. Fica em casa, não brinca no celular, não assiste à televisão. O que mais me resta é acreditar que essa assistência melhore a qualidade de vida dela,” conclui. 

Fonte: https://www.dgabc.com.br/

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