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O julgamento dos ex-sargentos
da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ronnie Lessa e Élcio de Queiróz, acusados
pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes,
acontece nesta quarta-feira (30), às 9h, no 4º Tribunal do Júri do Rio de
Janeiro.
Os réus serão ouvidos por
videochamada. Atualmente, Ronnie Lessa está
preso no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo; e Élcio Queiroz,
está detido no Complexo da Papuda, presídio federal em Brasília.
O processo que levou à prisão
de Lessa e Queiroz tem 13.680 folhas, 68 volumes e 58 anexos.
O Ministério Público do Rio de
Janeiro (MPRJ) explicou que os jurados estarão incomunicáveis e dormirão nas
dependências restritas do Tribunal de Justiça do Rio durante todo o período do
processo.
Durante o julgamento, sete
testemunhas devem ser ouvidas.
A acusação contará com o
depoimento da única sobrevivente do atentado, a jornalista e assessora de
Marielle, Fernanda Chaves, que acompanhava a vereadora e o motorista, além de
familiares das vítimas e dois policiais civis.
O
júri popular é composto pelo presidente do júri (Juiz de direito) e mais um
grupo de jurados (cidadãos sem antecedentes criminais e que não
possuem graduação em direito, sorteados para estar no dia do julgamento).
Deste grupo, sete integrantes
compõem o conselho de sentença que irá definir a responsabilidade do acusado
pelo crime.
Os acusados
Ronnie Lessa é um ex-sargento
da Polícia Militar do Rio de Janeiro acusado de ser o executor do assassinato
de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Lessa está preso desde 2019.
Em 2023, ele foi expulso da corporação em decorrência do seu envolvimento no
crime e, em 2024, o ex-militar firmou um acordo de delação premiada no
inquérito que investigou a morte da vereadora.
Élcio de Queiroz é
um ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro acusado de ser o cúmplice
de Ronnie Lessa na execução que resultou no assassinato de Marielle Franco e
Anderson Gomes.
Ele era o motorista do carro
usado para perseguir e matar a vereadora.
O ex-militar foi expulso da
corporação em 2015, antes dos eventos pelo qual será julgado. Preso desde 2019,
Queiroz aceitou um acordo de delação premiada em 2024 e nele confirmou que os
tiros que alvejaram a vereadora e o motorista foram disparados por Ronnie
Lessa.
Os réus respondem pelo crime
de duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e
dificuldade em garantir a defesa da vítima), além da tentativa de homicídio
contra Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado.
A
expectativa da defesa dos acusados é por um julgamento rápido e com uma pena
“justa”, devido ao acordo de delação premiada feito pelo MPRJ com os dois
réus.
Fonte: CNN
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