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O São Paulo sofreu a segunda
eliminação em setembro após empatar por 1 a 1 com o Botafogo e
perder nos pênaltis pela Libertadores,
nesta quarta-feira, no MorumBIS. Os botafoguenses voltaram a dominar os
são-paulinos, como foi no empate por 0 a 0 no Rio. O time de Luis Zubeldía conseguiu
reagir na segunda etapa, com Calleri, mas o argentino e Nestor perderam
as cobranças nas penalidades. Os cariocas agora esperam quem passar entre Penãrol e Flamengo,
nesta quinta-feira, em confronto no qual os uruguaios têm vantagem de um gol.
Na outra semifinal,
jogam River Plate e Atlético-MG, que eliminaram Colo-Colo e Fluminense,
respectivamente. O Botafogo retorna a uma semifinal do torneio continental após
51 anos. Com a eliminação, resta apenas o Brasileirão para o São Paulo. O time,
que foi eliminado na Copa do Brasil pelo Atlético-MG, joga no domingo
clássico contra o Corinthians, no Mané Garrincha, em Brasília, às
16h, pela 28ª rodada do Brasileirão. No mesmo estádio, mas no sábado, às 21h, o
Botafogo manda seu jogo contra o Grêmio.
A decisão se apresentou no
MorumBis conforme o tamanho que tinha A noite de Copa Libertadores lotou todos
os setores do estádio, incluindo a área de visitantes. O São Paulo converteu a
festa de fumaça e sinalizadores em vontade. Calleri que o diga. O argentino
disputou a posse de bola na intermediária como se a vida dependesse disso, com
menos de cinco minutos. Arboleda deu continuidade nos passos do atacante, em um
lance que afastou de carrinho a chegada do Botafogo.
Com a bola, porém, o São Paulo
só conseguia trocar passes. O time via à sua frente botafoguenses com pressa.
Eles queriam calar o MorumBis quanto antes. Mesmo abdicando da perfeição, os
comandados de Artur Jorge decidiram que ficariam no setor ofensivo. Iriam
ignorar a festa local e marcar com pressão.
Quando o Botafogo passou a ter
mais posse de bola, a arquibancada vaiou. O São Paulo não espelhava os
botafoguenses, marcando em cima, e esperava o adversário no seu campo.
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Não foi grande surpresa,
portanto, quando, aos 15 minutos, Thiago Almada, de 1,71
metro, teve liberdade para infiltrar na área tricolor e pegar, de cabeça, a
sobra de um cruzamento de Alex Telles deixada por Rafael. Luiz
Gustavo não acompanhou o argentino. O Botafogo fez com uma finalização, em
um quarto de hora, o que não conseguiu em uma hora e meia e 20 chutes no Rio
Os problemas do São Paulo
ficaram mais evidentes quando o time teve que correr atrás o prejuízo. O ímpeto
de Calleri virou uma ilha. Somente com 22 minutos aconteceu o que pode ter sido
considerada uma reação. Lucas fez fila, tentou tabelar com o centroavante, mas
a bola foi cortada. Bobadilla ainda bateu prensado. Foi muito pouco.
Os erros do São Paulo quase
foram punidos com um segundo gol botafoguense. Igor Jesus bateu para fora. A
comissão técnica são-paulina, que só fez uma alteração, aos 44 minutos do
segundo tempo, na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG na Copa do Brasil, percebeu
a inoperância e quis mudar logo com 35 minutos
Luis Zubeldía fez o que devia
ter feito desde o começo do primeiro jogo contra o Botafogo. William Gomes é
um talento com grande potencial. Mas Luciano é o artilheiro do time
na temporada, com 15 gols. Ele era a escolha mais adequada para uma decisão. A
entrada do camisa 10 fez com que um ataque são-paulino tivesse um esboço melhor
pela primeira vez, com cruzamento justamente para ele.
Entretanto, o Botafogo mostrou
que podia ditar o ritmo do jogo. Foi atacado, respondeu e inverteu a
polaridade, voltando a pressionar nos minutos finais. A chance são-paulina veio
com um pênalti. Após cinco minutos de análise, o árbitro Dario Herrera constatou
mão de Barboza a área A tônica poderia mudar, mas Lucas isolou por cima do gol.
O São Paulo teve que apostar
todas as fichas no segundo tempo. Assim, o time recomeçou já buscando o ataque.
Os botafoguenses, que chegaram com tanta pressa no primeiro tempo, reduziram as
batidas. Queriam aproveitar, de penetra, a festa. Com 15 minutos, o São Paulo
chegou na chance mais clara até então. Luciano bateu cruzado, e a bola passou
por John. Calleri poderia fazer como Almada e empurrar para o gol vazio, mas
perdeu o tempo de bola e bateu por cima. A vontade foi maior que a técnica.
O São Paulo sofria, no
MorumBis, do mesmo problema do Rio. Foi dominado e, quando finalmente teve
chance, errou. Mas Zubeldía fez substituições, em busca de nova chance. Calleri
também queria isso. Quando André Silva cruzou, aos 42 minutos, o argentino subiu
sozinho e fez o 14º gol dele pelo São Paulo em Libertadores. O camisa 9 trouxe
o time para a disputa novamente e igualou Rogério Ceni e Luis Fabiano como
artilheiros do clube no torneio.
Como Zubeldía disse no Rio, é
preciso sofrer em Copas. O Botafogo bem que tentou, mas cedeu. São riscos aos
quais o time que quer chegar a uma semifinal de Libertadores não pode se
submeter. Uma confusão entre Marçal e Zubeldía fez com que a partida parasse
quase três minutos. A discussão acabou com Rafinha e Gatito Fernández expulsos
e amarelo para o lateral-esquerdo do Botafogo.
Nas penalidades, Calleri e
Nestor perderam para o São Paulo, e Vitinho para o Botafogo. Os são-paulinos
Luiz Gustavo, Lucas, Igor Vinicius e Luciano converteram. Tchê Tchê, Danilo
Barbosa, Marçal e Almada fizeram para o Botafogo, Matheus Martins fechou a
disputa.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 (4) X (5) 1
BOTAFOGO
SÃO PAULO – Rafael; Rafinha
(Igor Vinicius), Arboleda, Alan Franco e Wellington (Michel Araújo); Luiz
Gustavo e Bobadilla (Rodrigo Nestor); Wellington Rato (André Silva), Lucas e
William Gomes (Luciano); Calleri. Técnico: Luis Zubeldía.
BOTAFOGO – John; Vitinho,
Bastos, Barboza (Adryelson) e Alex Telles (Marçal); Gregore (Danilo Barbosa) e
Marlon Freitas; Luiz Henrique (Matheus Martins), Savarino (Tchê Tchê) e Thiago
Almada; Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge.
GOLS – Thiago Almada, aos 10
minutos do primeiro tempo. Calleri, aos 41 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Bobadilla,
Rodrigo Nestor e Igor Vinicius (São Paulo) e Barboza, John e Marçal (Botafogo).
CARTÃO VERMELHO – Rafinha (São
Paulo) e Gatito Fernández (Botafogo).
ÁRBITRO – Dario Herrera (ARG).
PÚBLICO – 61.329 torcedores
RENDA – R$ 7.792.604,00
LOCAL – MorumBis, em São Paulo
(SP).
*Com informações do Estadão
Conteúdo
Publicado por Fernando Keller
Fonte: Reprodução
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